REUNIÃO DO BANCO CENTRAL ELEVARÁ JUROS



Até quarta feira o Banco Central informará qual será a taxa básica de juros, a SELIC, depois de sete meses de baixa histórica, quando ainda está a 2,00% ao ano. Desde julho de 2015 que o Comitê de Política Econômica não eleva a taxa básica de juros. Mas, dessa vez, com inflação em alta, por volta de 5,00% anuais, não haverá mais condições de deixar de elevar a SELIC, visto que esta é a forma ortodoxa de combater a inflação. Recomeçará novo ciclo de aperto financeiro, isto porque o choque inflacionário tem como causa a elevação dos preços das commodities, em especial, os do barril de petróleo, superior a US$70.00, repassados internamente, pela política de preços de paridade da moeda doméstica com a moeda internacional.

 Em julho de 2015, o BC elevou a taxa SELIC em 0,50%, passando a 14,25% ao ano. Naquela oportunidade, o real estava desvalorizado, a inflação em alta e a economia fraca. Muito parecido com a situação de agora. Mas, no momento, com mais um agravante, já que o País enfrenta a segunda onda da pandemia do covid-19.

Entre fevereiro e agosto de 2020, a SELIC estava em 4,50% e baixou até os 2,00% atuais, visto que a inflação estava na faixa de 2,00% a 3,00% anuais. Quanto mais baratos os juros mais créditos estão sendo colocados para empresas e famílias, sem grande peso financeiro, que fez com que as empresas não gerassem maior taxa de desemprego.

Ocorre que agora a elevação dos preços de alimentos e combustíveis estão puxando a inflação para cima. Até fevereiro, em 12 meses, a inflação já está em 5,20%. A meta da inflação para este ano, tem centro da meta em 3,75%, com vieses de mais ou menos 1,5%. Ou seja, na mínima em 2,25% e na máxima em 5,25% ao ano. Dessa forma, a inflação de doze meses está praticamente atingindo o centro da meta mais o teto inflacionário previsto pelas autoridades monetárias.

A Broadcast Projeções consultou 54 instituições financeiras, das quais 48 delas afirmaram que o BC poderá elevar a taxa SELIC de 2,00% para 2,50% anuais. 

Por fim, a SELIC se elevando poderá frear a saída de dólares, o que será fator de queda do seu preço, encarecendo menos o custo de vida.

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