PIB DE SÃO PAULO CRESCEU 0,4% EM 2020
Por que a economia brasileira teve forte recessão e a economia paulista obteve pequeno crescimento econômico? O Brasil registrou – 4,1% do PIB, compreendendo estatísticas apuradas pelo IBGE, relativas às 27 unidades federativas e a 5.570 municípios. É claro que o IBGE não chegou a todas as cidades. Consta que para fazer a enquete permanente, chamada de Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua, expressando resultados mensais, o IBGE visitou cerca de 3.500 municípios, atingindo relevância estatística e os demais municípios foram de estatísticas por estimativas. Por isso, o IBGE promove três revisões do primeiro PIB anual divulgado. Relativamente ao Estado de São Paulo, as estatísticas são melhores, dado que é o Estado que mais contribui para o PIB, o que tem mais municípios e o que é mais organizado. Portanto, os dados divulgados merecem ser explicados.
São Paulo tem o 77% do seu PIB composto pelo setor de serviços (incluindo-se comércio), que cresceu em 2020 por volta de 1,8%. O seu setor de agropecuária recuou 1,7% e o setor industrial caiu 2,9%. No setor de serviços se destacaram os crescimentos dos segmentos de bancos, comunicações, informações e de concessões dos serviços públicos.
O secretário da fazenda do governo paulista, Henrique Meirelles, que fora presidente do Banco Central nos dois mandatos do governo de Lula, assim se expressou: “São Paulo já tinha crescido em 2019, mais do que a economia brasileira e entrou forte em 2020... O Estado caiu menos do que a média (no choque da pandemia), subiu mais rápido e terminou o ano com crescimento positivo”.
Nos anos de 1960, o economista sueco Gunnar Myrdal escreveu o livro Desenvolvimento Econômico e Regiões Subdesenvolvidas. No qual ele analisa que existem regiões polos, que irradiam atividades econômicas com mais intensidades do que aquelas desarticuladas. Dessa maneira, os ricos crescem mais rápido do que os pobres. Ou melhor, as forças de atração de investimentos são mais atuantes nas regiões ricas do que nas pobres. Isto quase todos economistas dizem. Até mesmo Karl Marx, o maior crítico do capitalismo, afirmou que o capital irá estimulado sempre onde ele possa obter a maior taxa de lucro.
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