ACELERAR VACINAÇÃO É O MELHOR CAMINHO
A Fundação Osvaldo Cruz (FIOCRUZ), baseada no Rio de Janeiro, faz o monitoramento da evolução da pandemia do novo coronavírus no Brasil, constatando que existe uma segunda onda de manifestação do covid-19, provavelmente, tendo alterado seus rumos, infectando mais aqueles com idade mais nova, quando antes infectavam mais aqueles de idade mais velha. Por isso mesmo, devido ao contingente de pessoas mais novas ser bem maior do que o de mais velhas, o número de casos em geral tem aumentado e chegado ao seu estágio de colapsar hospitais por todo o País. Assim, ontem divulgou a FIOCRUZ que 25 unidades da federação ultrapassavam o indicador de mais de 80% dos leitos de UTIs ocupadas. Isto é, somente 2 Estados estavam abaixo desse percentual. A situação é inédita e ontem se bateu mais uma vez o número recorde mortes em um único dia, superior a 2.840 óbitos. Ao ponto da FIOCRUZ declarar que esta é a maior crise sanitária e hospitalar pela qual está passando o Brasil.
A vacinação em todo o País, em cerca de um mês, já se vacinou muito pouco, perto de 5% da população, enquanto a segunda onda do novo coronavírus se espalha pela Nação. Entretanto, o número de internações de idosos com 90 anos ou mais com covid diminuiu 20% neste período de um pouco mais de um mês de vacinação. A reportagem do jornal Estado de São Paulo esteve coletando dados junto ao Ministério da Saude, acerca da Síndrome Respiratória Aguda Grave, verificando que o número diário de internações caiu de 528 para 425, contabilizados cinco semanas de vacinação. Quando tomados os números de idosos acima de 60 anos também houve uma queda de internações de 2,7% no mesmo período sob análise. Porém, também neste período cresceu 10% o número total de internações em geral de pacientes pela mesma doença. Na faixa etária de 30 a 39 anos, a elevação foi de 50%. Assim, os dados de grupos mais vulneráveis imunizados, iniciada em 18 de janeiro, poderia já estar causando efeito positivo contra a disseminação da referida epidemia entre os mais velhos, reforçando a ideia de acelerar a vacinação.
Embora a situação tenda ainda a piorar, os sentidos das vacinações em massa poderiam indicar que este é o melhor caminho a ser seguido. O problema é conseguir comprar as vacinas, quando “todo mundo” está atrás de comprá-las, na rapidez em que deve ser adquiridas e aplicadas.
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