ANULAÇÃO DAS CONDENAÇÕES DE LULA


Decisão que alterou a conjuntura econômica fortemente teve e tem forte repercussão na economia brasileira. A repercussão interna é de perplexidade. A repercussão externa é de bater na tecla de que o País surpreende o mundo com decisões exóticas. Dessa forma, o ministro Edson Fachin do Supremo Tribunal Federal (STF) anulou ontem as condenações do ex-presidente Lula, em decisão monocrática, relativas aos processos da operação Lava Jato. O ex-presidente recuperou os direitos políticos e poderá ser elegível em 2022. A decisão do referido ministro deverá ser apreciada pelo plenário do STF. Os reflexos foram imediatos. A bolsa de valores caiu 3,9%, retornando aos 110,7 mil pontos. O dólar comercial chegou ao seu recorde nominal de R$5,78. A empresa Inteligência em Pesquisa e Consultoria divulgou na imprensa neste final de semana que “Lula teria mais potencial de voto do que Bolsonaro”.

A presidente do PT, Gleisi Hoffman, declarou que a decisão do citado ministro vem com cinco anos de atraso. Claro, eles gostariam de ter lançado Lula na eleição de 2018.

A ventilação do nome de Lula traz de volta o populismo e a bipolarização da política nacional. Por seu turno, Jair Bolsonaro está colocando de lado a agenda econômica liberal que tanto defendia o seu ministro da Economia e também ele se envereda para o populismo político. O mercado não vê com bons olhos que o atual presidente se comporta como um intervencionista, tal como fez na Petrobras e a volta de Lula no cenário político alteram a correlação de forças existente.

Isto não é bom para o País, ainda mais quando o Congresso não se encaminha para realizar as reformas econômicas prometidas.

Por outro lado, a Petrobras elevou pela sexta vez os preços dos combustíveis. Somente neste ano, em 67 dias, já subiram por volta de 54%. A alegação é de que os preços do barril de petróleo chegaram aos US$70.00 e a Petrobras os eleva em linha com preços externos da commodity, para manter bons resultados para si e, claro, preços altos para os brasileiros e desorganização da produção doméstica.

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