PIB DE – 4,1% EM 2020 NÃO FOI RECORDE

O IBGE divulgou ontem que o PIB brasileiro caiu – 4,1% em 2020. Não foi o recorde. A maior queda do PIB se deu em 1990, de – 4,3%, em razão do sequestro de cerca de 80% do dinheiro do brasileiro, em razão do Plano Collor, que derrubou a economia justamente por falta de dinheiro para financiar a produção. Referido resultado fez com que o Brasil deixasse o ranking das 10 maiores economias mundiais e se recolhendo ao 12º lugar (na verdade estava em 9º em 2019). A posição é muito ruim, visto que o País detém a 5ª população mundial e se trata do 5º país em extensão territorial, além de ser um dos primeiros países no grau de concentração de renda mundial. A sua participação no PIB global caiu para 1,6%. Em 2011, o País ocupava o 7º lugar no mundo e figurou nele até 2014. Porém, foi justamente em 2014 que o Brasil deixou de obter superávit primário, o que obteve por 16 anos consecutivos, e passou a obter déficit primário. Por este motivo, ingressou em recessão ainda no segundo trimestre de 2014, que se prolongou até o ultimo trimestre de 2016. Na época, aconteceram 11 trimestre de recessão. Foram – 7,2% de retração do PIB brasileiro no período em referência. Depois, o País cresceu por volta de 1% em 2017, 2018 e 2019, respectivamente, quando, em 2020, a pandemia do novo coronavírus atingiu o País com forte recessão, de – 4,1% do PIB, sendo uma das maiores da história e o País ainda não se recuperou. A primeira década do século XXI é a de maior atraso econômico em 120 anos. O ano passado selou o que fora considerado como mais uma “década perdida”, à semelhança ao que acontecerá na década de 1980. O pior de tudo é a perspectiva. Segundo A Instituição Fiscal Independente, órgão do Senado Federal, somente em 2030 o País retornará a ter superávit primário. Serão 17 anos de déficit primário e uma dívida pública que ultrapassará 100% do PIB.

O PIB está sendo previsto crescer de 3,3% a 3,5% em 2021, pelas consultorias econômicas. Porém a recuperação não dará para ultrapassar a forte recessão do ano passado. Por isso, as mesmas consultorias afirmam que em 2021 o Brasil irá para o 14º lugar no conjunto das economias mundiais.

No ano de 2020, somente três economias cresceram. Em primeiro lugar, Taiwan cresceu 3,1%; a China, 2,6% e a Turquia 1,6% do PIB.