MAIOR TAXA DE DESEMPREGO DO PAÍS

O IBGE divulgou a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua, relativa ao trimestre encerrado em fevereiro, quando se revelou que a maior taxa média de desocupação está na Bahia. Ou seja, no Estado esta taxa ficou em 19,8%. A taxa média brasileira da espécie ficou em 13,5%. A diferença entre as taxas, de 6,3%, é muito grande, apresentando um grau muito elevado de infelicidade. Não sem motivo, o Estado da Bahia é o mais violento do Brasil, atrás de São Paulo, o disparado em população, além do Rio de Janeiro, o segundo lugar em população, segundo o Atlas da Violência. Na Bahia, a desocupação é cerca de um quinto da população economicamente ativa do Estado. O indicador dele é o mais alto, desde 2012, quando a citada pesquisa se tornou divulgada como mensal e contínua.

Por outro lado, também na Bahia, 8 em cada 10 pessoas, que deixaram de trabalhar de 2019 para 2020, eram informais. Quando visto o comparativo dos dois anos em referência, o grupo de atividades de comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas foi o que mais perdeu trabalhadores em números absolutos, com menos de 170 mil baianos ocupados nos segmentos em referência.

O IBGE também se refere a que, das 27 unidades federativas, 20 bateram o recorde histórico de taxa de desocupação, em 2020. Para Mariana Viveiros, do IBGE: “A Bahia sempre foi o Estado com taxas mais elevadas de desocupação, que o País como um todo, por possuir uma posição não muito confortável, com um mercado com menos dinamismo e alta informalidade”.

O indicador da desocupação mede a proporção de pessoas, a partir de 14 anos, até os 60 anos, que não trabalharam e procuraram trabalho, em relação ao total das pessoas que estão na força de trabalho. Em 2020, o número de pessoas, em ocupações formais e informais, chegou ao patamar mais baixo desde 2012: 5,159 milhões. Daquele ano para cá se reduziu a força de trabalho, em média anual, de 626 mil. De 2019 par 2020, a redução foi de 10,8% entre os anos.