USO ALTERNATIVO DO AUXÍLIO EMERGENCIAL
Em nove meses foram pagos R$292,9 bilhões de auxílio emergencial a 67,9 milhões de habitantes, deixando de serem injetados doravante R$32,4 bilhões mensais na economia. Referido auxílio surpreendeu até o próprio governo, que acreditava serem por volta de 25 milhões àqueles que iriam requerer a ajuda governamental. Porém, não se tinha estatísticas precisas de que eram muitos aqueles desalentados ou pessoas fora do mercado de trabalho, que ao auxílio recorreram. Sendo “4 em cada 10 brasileiros em idade de trabalhar”, conforme o site www1.folha.uol.com.br. O fim do auxílio emergencial se deu em dezembro, mas ainda terão saques a serem efetuados em janeiro. A repercussão do auxílio foi tão grande que, até a renda média do brasileiro cresceu no ano passado, numa aparente contradição, com uma forte recessão, por volta de - 4,3% do PIB, na otimista previsão governamental, ou mais, conforme estimou o Fundo Monetário Internacional.
A relevância maior do auxílio emergencial foi para as regiões mais pobres do País, Nordeste e Norte. Quase 43% dos recursos foram para elas duas, em torno de R$125 bilhões. A teoria econômica comprova que os efeitos negativos chegam mais fortes para os pobres, em regiões deprimidas e os efeitos positivos mais fracos para elas, conforme o economista sueco Gunnar Myrdal, em seu livro Teoria Econômica e Regiões Subdesenvolvidas.
Um dos princípios da teoria econômica é de que o uso é alternativo de recursos. Ou seja, há um custo de oportunidade. Se a pessoa aplica dinheiro na agricultura, não poderá fazer o mesmo dinheiro ser aplicado na indústria, por exemplo. A política pública é muito relevante como fez a atual gestão nacional e isto elevou a sua popularidade.
Outrossim, se quase R$293 bilhões foram gastos com o programa emergencial, atendendo principalmente ao consumo, haja vista que faltaram alimentos e estes subiram muito de preços, além de faltarem também materiais de construção, haja vista que muitos brasileiros começaram a ampliar suas residências, ficando bem visível no Nordeste como se ampliaram os “puxadinhos”. Além domais houve desvios de recursos, embora ainda não bem avaliados.
A questão que se coloca é se o dinheiro público em referência fosse destinado a obras públicas emergenciais, não estaria gerando mais empregos? Recursos estes, não na sua totalidade. Parte seria agregando muitos milhões de pessoas ao Programa Bolsa Família e a maior parte para a infraestrutura. Afinal não é este o ministério do atual governo de melhor desempenho?
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