FORD EXPLICA, MAS NÃO JUSTIFICA



Depois de aproximadamente um século no Brasil, a montadora de veículos automotores Ford, intitulada Ford do Brasil, desempenhou atividades econômicas no Brasil. No início do século passado introduziu seus veículos Ford de bigode, de cor preta, além de dirigir seus olhos para a produção de borracha na Amazônia, visto que acreditava que os automóveis iriam encher as ruas e de que a borracha era a matéria prima fundamental para os pneus. Por isso, decidiu construir uma cidade na Amazônia, a Fordlândia. Além das dificuldades gerais de abrir uma cidade no coração da Amazônia, a descoberta da borracha sintética tornou inviável continuar produzindo borracha natural para pneus. A Ford continuou no Brasil por cerca de cem anos. Há dois dias declarou que iria fechar suas fábricas no Brasil. A Ford explicou que “a continuidade do ambiente econômico desfavorável e a pressão adicional causada pela pandemia do covit-19”. Claro, explica, mas não justifica.

A produção das linhas de veículos automotores da Ford, em São Paulo, na Bahia e no Ceará sempre contou com incentivos fiscais, financeiros e materiais.

O governo de Jair Bolsonaro, assim como fez com vários segmentos do grande capital, principalmente dos meios de comunicação, retirou o protecionismo, os subsídios e os incentivos da Ford, prometendo cobrar as dívidas do governo, das quais parcela considerável do grande capital está em litígio, inadimplente ou devendo, em muitos bilhões de reais.

Assim, as grandes corporações empresariais acumularam muito capital em dezenas de anos. Porém, este governo, conforme a equipe econômica vem estudando, já retirou e pretende retirar os subsídios ao grande capital, principalmente para aqueles que não existem justificativas plausíveis.

É claro que as reformas econômicas estruturais têm que ser feitas, principalmente a tributária, haja vista que também são também estes os fatores de descontentamento dos grandes investidores nacionais e internacionais.

 

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