PESQUISA MENSAL DA INDÚSTRIA

Saiu ontem a Pesquisa Mensal da Indústria. Sem dúvida, também, um dos fatores para estimular a alta da bolsa de valores brasileira, a B3.

O site do jornal Estado de São Paulo explica a alta de ontem da bolsa de valores, conforme a seguir: “A possibilidade de mais estímulos econômicos nos Estados Unidos, além da manutenção da política de juros básicos, deu novo ânimo aos mercados nesta quinta feira, 14, o que também favoreceu os ativos locais. No câmbio o dólar fechou com baixa de 1,90%, a R$5,2097, perto da mínima do dia. Já a bolsa de valores de São Paulo, a B3, fechou com alta de 1,27%, aos 123.480,52.

“Segundo informou a CNN no início da madrugada, Biden pode detalhar sua proposta de pacote fiscal para os EUA, avaliado em US$2 trilhões, nesta quinta feira. A notícia animou os mercados, que apostam em novos estímulos como a chave de recuperação da economia americana e, consequentemente, mundial”.

Ora, há dias que a explicação da grande imprensa, para euforia que vive a bolsa de valores, é a dos prováveis estímulos que o presidente Biden, que ainda irá tomar posse no dia 20, irá irradiar-se pela economia brasileira e mundial. Isso é falso, visto que, em tese, um governo democrata é protecionista e irá colocar barreiras contra as exportações brasileiras. Irradiar-se-á pelos Estados Unidos, isto sim.

O que explica mesmo a alta persistente da bolsa de valores brasileira, em síntese, é de que os aplicadores em renda fixa estão tendo enormes prejuízos e estão migrando para a bolsa de valores do País. No ano passado o número de pessoas físicas quase dobrou, chegando à elevação de 92% e continua crescendo. Isto é, a taxa básica de juros, a SELIC, em torno da qual giram as aplicações do mercado financeiro, vem perdendo a bastante tempo da inflação.

Sem dúvida, o que reforça acreditar na economia brasileira é os dados de que ela está em recuperação. Ademais, a vacinação contra a pandemia do covit-19 começará na próxima semana, o que estimulará o retorno de várias atividades produtivas. Em suma, há sinais por vários segmentos produtivos de crescimento econômico neste ano. Por exemplo, em novembro a produção industrial paulista já estava 6% acima do nível de fevereiro, ante do início da referida pandemia. Em relação a novembro de 2019, referida indústria avançou 4,7%. São Paulo responde por um terço de toda a produção industrial nacional. Porém, ainda estava a indústria de São Paulo abaixo 17% do pico nacional alcançado em março de 2011, segundo a sondagem mensal do IBGE. Longo caminho ainda a percorrer para a retomada. Mas, a cada momento tem-se sinais de que a taxa de crescimento deste ano será bem positiva.