SÍNTESE DE INDICADORES SOCIAIS



O IBGE divulgou ontem a Síntese de Indicadores Sociais de 2020. Nesta coluna, como acontece diariamente, far-se-á exame de alguns indicadores escolhidos. O que todo mundo presume é que o Estado de São Paulo tem o maior número de pobres: 6,017 milhões. Claro, é o Estado mais populoso do Brasil com população por volta de 45 milhões de habitantes. Em segundo lugar ficou Salvador com 6,006 milhões de baianos pobres. Já o Estado da Bahia possuía cerca de 15 milhões de habitantes. Quer dizer, o número de pobres nos dois Estados é muito próximo de 6 milhões de cidadãos, mas São Paulo tem 3 vezes mais número de habitantes.

Na Bahia, 40,4% da população estavam abaixo da linha de pobreza em 2019. O IBGE calculou que 4 em cada 10 baianos do Estado viviam com até R$428,00, naquela data. Já 12,5% da população baiana estavam abaixo da linha de pobreza. Percebiam dinheiro até R$148,00 em 2019. Ou seja, 1,853 milhões de pessoas foram consideradas extremamente pobres na Bahia, para não chamar de vida miserável. Referido indicador colocou a Bahia como a líder na classificação nacional em números absolutos. No Brasil como um todo havia 51,7 milhões abaixo da linha da pobreza. Repete-se aqui, abaixo de R$428,00, conforme cálculos do IBGE.

Por sua vez, o Banco Central divulgou ontem que a inflação para os mais pobres está maior no Nordeste. Assim, a inflação acumulada neste ano, até setembro (em outubro, a inflação acelerou), foi maior para aqueles que recebem até 3 salários mínimos, com elevação de 2,29%. Em 12 meses, estava em 3,14%. No Sul, por exemplo, pessoas de baixa renda, em 9 meses, sentiram menos a elevação de 1,39% nos preços. O indicador das famílias mais pobres é sete vezes maior do que o daquelas de renda mais elevada.

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