FMI RECOMENDA CONTINUIDADE DO AUXÍLIO EMERGENCIAL


A aprovação pelo Congresso Nacional de estado de calamidade pública do Brasil, após o dia 16 de março, quando fora decretada pela Organização Mundial da Saúde a pandemia do covit-19, fez com que o governo federal fizesse uso de auxílio financeiro para aqueles cidadãos que ficaram desempregados, que estavam desempregados ou reduziram bastante a sua carga de trabalho. Mais de 67 milhões de cidadãos e cidadãs vieram a receber o auxílio emergencial, com valor de R$600,00 (o dobro para a mãe solteira) de abril a agosto e de R$300,00 de setembro a dezembro deste ano. Os beneficiários do Programa Bolsa Família poderiam optar por receber seu benefício ou o auxílio em referência. A grande maioria optou pelo maior valor, que é do auxílio, visto que a média do Programa Bolsa Família é de R$190,00.

O valor estimado de gastos da União para este ano, mediante concessão do referido benefício é de R$321bilhões. Ultrapassou em quase três vezes o déficit primário aprovado antes da citada pandemia, que fora de R$118,9 bilhões. O resultado negativo deste ano está projetado como R$905,4 bilhões.

Ontem, o Fundo Monetário Internacional (FMI) apresentou um documento para os países do G-20, de que a pandemia do covit-19 não terminou e que o auxílio emergencial é desejável para países que foram muito atingidos pela crise, a saber: Estados Unidos, Reino Unido, México e Brasil, citando nominalmente.

Consta do documento: “Em economias onde o espaço fiscal é uma restrição, uma nova priorização dos gastos pode ser justificada. Para todas as economias, será importante monitorar cuidadosamente os desenvolvimentos econômicos e de saúde pública para garantir que o apoio não seja retirado rápido demais, mas mantido durante a crise”.

Em meio à indefinição dos poderes Executivo e Judiciário sobre novo auxílio ou programa que reforce o Bolsa Família, a equipe econômica tem dito que a regra do teto será respeitada. Porém, há parlamentares que querem estender o período de calamidade pública, mas isso implicaria em ultrapassar o referido teto de gastos.

Por seu turno, Estados e municípios tem feito alguma ajuda financeira, mas nada expressivo como o auxílio emergencial, responsável pelo abrandamento da crise em questão.

 

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