PERSPECTIVA DE ALTA DA INFLAÇÃO



A pesquisa semanal de mercado do Banco Central (BC) revelou que a mediana das 100 instituições financeiras consultadas elevou a inflação prevista deste ano de 2,99% para 3,02%, enquanto a SELIC ficou estabilizada em 2% anuais. Assim, as aplicações financeiras indexadas à SELIC estão dando prejuízo como nunca se tinha verificado antes. O preocupante mesmo é que a inflação está se insinuando para cima. A taxa inflacionária de 3,00% está dentro das faixas de 2,50% a 5,50%, previstas pelo Conselho Monetário Nacional, que fixou o centro da meta em 4,00%. De certa maneira, o País vive forte recessão em 2020, contrariando a teoria econômica, que diz que a retração da demanda agregada levaria a retração dos preços dos bens e serviços.

Os motivos da elevação inflacionária têm dois principais motivos: os aumentos expressivos dos preços dos alimentos e a alta de mais de 40% do dólar neste ano, que tem repercussão de cerca de 30% no IPCA, que é o índice oficial de inflação.

O Comitê de Política Monetária do BC divulgou comunicado de que a alta da inflação é “temporária” e que haverá reversão dessa “extraordinária” alta inflacionária.

A taxa básica de juros é o instrumento necessário para controlar a inflação, segundo o BC, que a está mantendo em 2% anuais em 2020 e projeta para 2021 uma SELIC de 2,75%. Já a pesquisa de mercado não mudou quanto à recessão deste ano, que seria de – 5,81% do PIB. No entanto, para 2021, a estimativa de crescimento passou de 3,42% para 3,34% do PIB. O dólar comercial esperado para o fim do ano é de R$5,45. Na semana anterior estava previsto para R$5,40.

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