27/05/2020 - INSTITUTO DE MÉTRICA DE WASHINGTON




O governo dos Estados Unidos revelou que usa o modelo de projeções do novo coronavírus, desenvolvido pelo Instituto de Métrica da Universidade de Washington, para estimar o número de mortes para os países que enfrentam a pandemia em referência. A primeira previsão conhecida era de que poderiam morrer cerca de 88 mil pessoas até agosto no Brasil. Entretanto, com a expansão do número de infectados no País, referido instituto está agora prevendo 125 mil mortes até agosto. Fica claro que o suposto do modelo é de que até 4 de agosto se teria o número de mortes pelo novo coronavírus dentro de um grande intervalo, ocorrendo o pico de mortes em 14 de julho e depois haveria quedas consecutivas. A primeira projeção era de pico em 1º de julho. Por aqui nem se divulgava que os Estados Unidos projetavam por modelo estatístico o número de mortes da espécie pelo mundo. A projeção é do começo do ano até 4 de agosto vindouro.

Tal estimativa se alterou substancialmente depois do rápido crescimento de casos de morte no território nacional nas últimas semanas, levando a Organização Mundial da Saúde a considerar aqui o novo epicentro da pandemia. A projeção foi para pior, como aconteceu nos grandes países do mundo, tendo mudado de região pelo globo.

O modelo do instituto usa a janela de intervalo ampla, sendo na primeira divulgação para o caso brasileiro de 30 mil a 194 mil. Em razão da nova projeção, a janela citada passou a ser de 68 mil a 221 mil, no indicativo de que a curva de mortes estará ainda alta até 4 de agosto, mas que continuaria a descer.

Com mais de 370 mil infectados, o Brasil passou para segundo lugar, atrás dos Estados Unidos, que tem mais de 1,6 milhão. São mais de 23 mil mortes no País. Se forem confirmadas as previsões do citado instituto, o Brasil terá a taxa de 65 falecimentos da espécie por 100 mil habitantes, atrás de países da Europa, que já foram o epicentro da pandemia, tais como Itália e Espanha. A taxa projetada para o Brasil é maior do que aquela para os Estados Unidos, de 44 mortes por 100 mil habitantes.

O presidente dos Estados Unidos fez um primeiro pronunciamento, usando o referido modelo em 31 de março. De lá para cá fez revisões para cima e para baixo, a depender da flexibilização da curva de transmissão.

Em suma, o modelo tem uma janela bem aberta e suas previsões poderão ser contestadas nas próximas estatísticas de acometimento da doença e do número de mortes. No entanto, ele deixa de forma implícita que o isolamento social ainda continuaria por cerca de dois meses, mesmo que haja flexibilização dele, permitindo-se, paulatinamente, como já ocorre, que certas atividades voltem aos poucos e se intensifiquem a partir de 14 de julho de forma diferente para cada região brasileira.

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