14/05/2020 - PREVISÃO DE COLAPSO A PARTIR DE JULHO
A Secretaria de Política Econômica do Ministério da Economia
divulgou ontem a sua principal projeção para o PIB, neste ano, que passou de
0,02%, em março para - 4,7%, agora em maio. Assim, os – 4,7% serão maiores do
que os - 4,35% de 1990. Seria batido o recorde de retração do PIB na história. Por
conseguinte, referido ministério vê risco de falências e desemprego caótico, a
partir do segundo semestre de 2020, no caso de continuar o enfrentamento da
crise da pandemia com isolamento vertical. Ele planeja uma retomada controlada
das atividades, para evitar o mergulho do Brasil no caos social, a partir de
julho. Documento da citada secretária estima que a cada semana de isolamento, tem-se
traduzido em prejuízo de R$20 bilhões na atividade econômica. Vendo dados do
IBGE, iniciados em 1901, o recuo do PIB de 2020 poderá ser o maior já
registrado. A perspectiva do ministro Paulo Guedes é de que a paralisia poderá
atingir 80% das pequenas e médias empresas, as principais na geração de
empregos no País, por mais de 67% deles, segundo o SEBRAE. O colapso econômico
poderá ser instalado. Nesse sentido, representantes de 15 segmentos da
indústria, responsáveis por 40% do PIB industrial, estiveram no Planalto e
foram ao Supremo Tribunal Federal, juntamente como Presidente da República e o
Ministro da Economia, dizer que estavam prontos para retomar de forma gradual.
Da reunião ficou acordada uma comissão para estudar a retomada controlada da
economia, em conjunto com o Ministério da Saúde.
Por seu turno, a Organização para Cooperação do
Desenvolvimento Econômico (OCDE), entidade que reúne entidades responsáveis por
mais de 80% do PIB do globo, com mais de 37 países membros associados, prevê
uma depressão mundial, sem tamanho ainda definido, no caso de continuar a quarentena
de combate ao novo coronavírus. Os impactos estão dados na produção, consumo e
confiança dos consumidores e investidores. Na comparação com o indicador de
abril, o indicador de junho coloca a maior retração pela Rússia, de – 9,17% no
PIB; de – 7,93% no PIB do Reino Unido e, em terceiro, veio agora o Brasil, com
– 7,82% do PIB em 2020. O índice de 3 meses atrás para o País era de – 1,26% do
PIB.
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