25/05/2020 - MOEDA TÓXICA
Como moeda tóxica é o que os bancos estrangeiros estão
tratando a moeda brasileira, visto que é a mais desvalorizada das moedas em
relação ao dólar, dentre os países emergentes. Desde o início do ano o real já
perdeu 30% em relação ao dólar. A perda do valor da moeda nacional começou no
ano passado, mediante redução da taxa básica de juros, para diferenciais
mínimos nas aplicações financeiras e internacionais. No ano passado o
diferencial de taxa de juros era de 4,5%. Neste ano está em 2,75%. Observou-se
uma saída de capitais estrangeiros do País, tanto nas aplicações financeiras
como na bolsa de valores. Acelerou-se a perda com o crescimento da pandemia do
novo coronavírus, à piora no ambiente político e ao receio de que o Brasil
fique para trás na retomada da economia.
Na América Latina, a segunda pior desvalorização esta a moeda
mexicana com – 19%. Entre os emergentes, a África do Sul perde 22%. A Rússia,
13%. O risco do País, medido pelas negociações com o Credit Default Swap (CDS)
já subiu 220% neste ano. Na média dos países emergentes se encontra em 77%. Na
semana passada o Credit Suisse projetou que o dólar feche o ano em R$6,20. A
mediana da cotação do dólar nas instituições financeiras, feita pelo Banco Central,
há flutuação de R$5,30 a R$6,20.
A dívida dos países ricos analisados pela OCDE poderá crescer
US$17 trilhões, em razão da pandemia do coronavírus. Já a média da dívida sobre
o PIB crescerá de 109% para 137%, segundo a OCDE. No Brasil, ultrapassará 90%.
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