02/05/2020 - ORÇAMENTO DE GUERRA




Como seria o orçamento de guerra contra a pandemia do novo coronavírus? Já existe um orçamento aprovado. Mas, em situação atual de emergência, o governo é obrigado a gastar mais do que o déficit primário. Fora aprovado pelo Congresso uma série de medidas para enfrentar pandemia. O desemprego, a fome, a violência estão sendo enfrentadas com mais dinheiro. Por seu turno os Estados e municípios estão recorrendo ao governo em busca de R$120 bilhões de ajuda. O déficit primário seria de R$129 bilhões. Porém, o secretário do Tesouro Nacional admite que poderá chegar a R$550 bilhões em uma economia de guerra.

Como seria este orçamento de guerra? O governo passaria a emitir dinheiro. Isto seria inflacionário? Na medida em que a atividade econômica está comprimida não haveria inflação monetária, em tese. Como o governo emitiria dinheiro? Na verdade, o Banco Central (BC) compraria títulos da dívida pública, creditando o valor na conta que o BC mantém no Tesouro Nacional. Não é necessário imprimir cédulas e moeda. A criação do dinheiro é eletrônica. O Tesouro coloca o dinheiro em circulação. A quantidade de dinheiro aumenta na economia nacional. O aumento da oferta de dinheiro pode alterar o nível da taxa básica de juros, baratear as operações de crédito e estimular a atividade econômica. Se cometer excessos a inflação recrudesce.

Ao imprimir dinheiro o governo central cria poder de compra que antes não existia. Atualmente, os Estados Unidos, o Japão, o Reino Unido e o Canadá estão emitindo para contornar a citada pandemia. Eles têm dívida pública acima de 100% do PIB. O Brasil ainda tem menos de 80% do PIB de endividamento. A emissão de moeda reduzirá os juros e o custo da dívida. A atividade econômica está tão deprimida que a inflação poderá não ser problema.

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