21/05/2020 - É POUCO DIZEM GRANDES CONGLOMERADOS




Determinados segmentos produtivos de grandes empresas precisam de socorro governamental. Suas representações de classe dizem que o anunciado é pouco. Será sempre pouco para o grande capital o que conseguir de barganha com o governo central. As queixas se devem ao volume insuficiente de recursos e incertezas com respeito às propostas ofertadas. Na verdade, a equipe econômica atual, de caráter liberal, oferece ajudas via mercados, evitando críticas de concessões de subsídios e de direcionamento dos socorros. Os dois segmentos em observação são gigantes: setor elétrico e setor aéreo. Para o setor de energia, a proposta foi elaborada pela área econômica do governo, envolvendo concessões de empréstimos às distribuidoras de eletricidade, para o qual o BNDES ficará apenas como coordenador. Os problemas mais prementes são a queda no consumo e o aumento na inadimplência. O pagamento ficará para o próximo ano, em parcelas. O buraco das receitas neste momento ficou em 30%, que será cobrado no ano que vem. O valor do socorro estará próximo de R$15 bilhões. As empresas da área questionam as exigências para obtenção de recursos.  Quanto ao setor aéreo, a oferta é em conjunto com sindicato de bancos, de instrumentos de mercado, mediante empréstimos e títulos lastreados em ações. O BNDES, também coordenador o esquema, disse que Gol, Latam e Azul aceitaram a proposta, mas que ficou abaixo do que queriam. A oferta foi de R$2 bilhões.

Por oportuno, o governo federal divulgou o buraco na arrecadação de receitas em abril, que foi de aproximadamente 29%, sendo esperado para maio mais de 30% de déficit. Quer dizer, no ritmo que vai, se o déficit primário continuar em 30% das receitas. Um terço. À beira do abismo o País está instalado. Claro, a economia tem que ser reativada para afastar-se dele.

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