05/05/2020 - UTILIZAÇÃO DA CAPACIDADE INDUSTRIAL INSTALADA
A utilização da capacidade industrial sofre queda recorde e
em rápido tempo. A demanda menor das famílias, o isolamento social em resposta
à pandemia do novo coronavírus aplicadas a partir de março derrubou a
utilização da capacidade instalada da indústria, conforme indicador calculado
pela Fundação Getúlio Vargas, através do Instituto Brasileiro de Economia. Em
média, as fábricas estão usando 57,5% do que poderiam. Referido nível
representa 15,9% menos do que em dezembro de 2016, que os 73,4% registrados no
último mês da forte recessão de 2014 a 2016. Em fevereiro deste ano estava em
76,2% do uso da capacidade instalada.
O tombo de fevereiro para março foi tão grande que a
capacidade ociosa é a maior em 20 anos. Os segmentos empresariais mais afetados
foram o automobilístico, de calçados, de artigos de couro e do vestuário. A
indústria automobilística está operando a 12,5% da capacidade, enquanto a média
de uso da capacidade é de 78,6%. Em um mês a queda foi de 61,5%. No pior
momento da recessão referida acima, a utilização da capacidade instalada estava
em 56,5% da capacidade. A pesquisa não captou que nenhum segmento está a 100% da
capacidade.
O segmento que mais sentiu foi o de vestuário. A retração do
potencial produtivo foi de 88,3%O vestuário em abril operou por volta de utilização
de 20% da capacidade. No segmento de couros e calçados o nível de uso está em
24,8%, quando a media dos últimos anos tem sido perto de 80%.
O fato é que o tombo da indústria foi muito brusco em março,
o que não tinha sido visto até então. Em março e abril o recuo foi de quase 20%
na capacidade média de uso industrial. Os segmentos que menos retração tiveram foram
os da área sanitária e da saúde. Na área de alimentos a capacidade instalada
está em 71,5%, abaixo dos 78,5% da média para o segmento produtivo.
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