18/05/2020 - LÍDER EM DESEMPREGO E VIOLÊNCIA




O Estado da Bahia volta a liderar o ranking de desemprego no Brasil. Não sem motivo também a Bahia é líder em violência física no País. Entre as dez cidades mais violentas do Brasil, quatro são do Estado. Na lista das 20 mais violentas cinco são da Bahia. Isto conforme Atlas da Violência, publicação anual com dados do Ministério da Justiça.

A taxa de desemprego na Bahia fechou o primeiro trimestre de 2020 em 18,7%, acima da verificada tanto no quarto trimestre de 2019, em 16,4%, assim como aos 18,3% do primeiro trimestre de 2019. Foi a maior taxa de desocupação do País e um recorde para o Estado desde o início da série histórica da PNAD Contínua, em 2012. No primeiro trimestre de 2020, a taxa de desocupação no Brasil ficou em 12,2%.

A taxa de desocupação se refere a proporção de pessoas de 14 anos ou mais de idade desocupadas. Isto é, que não trabalham e estão procurando trabalho, em relação ao total de pessoas que estão na força de trabalho, como pessoas ocupadas ou procurando emprego. A capital, Salvador, teve taxa de desocupação de 17,5% nos três primeiros meses de 2020, assim como dos 15,2% verificados no quarto trimestre de 2019 e dos 15,8% do primeiro trimestre de 2019. O resultado da pesquisa recoloca Salvador no segundo lugar entre capitais, abaixo apenas de Manaus.

O mais grave ocorre na Região Metropolitana de Salvador (RMS), onde a taxa de desocupação é maior ainda, ficando em 18,9%, maior do que a do quarto quadrimestre de 16,4% e do que os 18,7% do primeiro trimestre de 2019. Dessa forma, a RMS também voltou a ser a região metropolitana com maior taxa de desocupação do Brasil, após ter encerrado 2019 na segunda posição.

Para o IBGE, o avanço da taxa de desocupação no primeiro trimestre foi uma combinação entre a diminuição de pessoas ocupadas e o aumento do número dos que estavam procurando trabalho. Estavam trabalhando no primeiro trimestre 5,7 milhões. Isto correspondeu a 47,3% de pessoas trabalhando de 14 anos ou mais de idade. Trata-se do menor percentual da série histórica da PNAD Contínua, iniciada em 2012.

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