24/05/2020 - COLLOR PEDE PERDÃO
Mais de trinta anos após o Plano Brasil Novo, que ficou
conhecido como Plano Collor, editado em março de 1990, o senador Fernando
Collor veio na rede social Twitter, a pedir perdão, pelos erros que cometeu, em
fazer o congelamento de preços e salários, sequestrando cerca de 80% dos ativos
financeiros. A sua decisão foi tomada porque a hiperinflação estava a 80% ao
mês, dificílima, segundo ele. Em 1986 houve o Plano Cruzado; em 1987 houve o
Plano Bresser; em 1989 o Plano Verão. Todos foram congelamentos de preços e
salários. Os três tinham fracassado. Mesmo assim, Collor fez o seu plano. Mas,
não fez só um não, fez dois congelamentos em referência. Mais o Plano Collor 2,
em 1991.
Segundo ele: “Os mais pobres eram os mais prejudicados,
perdiam seu poder de compra em questão de dias, pessoas estavam morrendo de
fome. Sabia que arriscava ali a perder a minha popularidade e até mesmo a
Presidência, mas eliminar a hiperinflação era objetivo central do meu governo.
Acreditei que aquelas medidas radicais eram o caminho certo. Infelizmente,
errei. Gostaria de pedir perdão a todas aquelas pessoas que foram prejudicadas
pelo bloqueio de ativos”.
O Plano Collor eliminou a moeda cruzado novo e restabeleceu a
moda cruzeiro, limitando a 50 mil cruzeiros o saque por indivíduo, durante um
mês. A caderneta de poupança foi congelada por um ano e meio. As perdas da
poupança são discutidas até hoje na justiça. Há aqueles que receberam a
diferença no FGTS, seja ingressando na justiça, seja fazendo o Maior Acordo da
História, pelo governo de FHC.
Trinta meses permaneceu Collor como presidente. Porém,
renunciou após o seu pedido de impeachment estar sendo aprovado pelo Congresso.
Teve cassado os seus direitos políticos por oito anos. Depois, regressou ao
Senado, onde está até hoje.
No seu período se encerrou a teimosia de congelamentos
econômicos. O Plano Real, de 1994, criou nova moeda e eliminou a hiperinflação.
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