30/03/2020 - DÉFICIT PRIMÁRIO ACIMA DA LEI
Ao aprovar o estado de emergência do País o Congresso
Nacional atendeu à proposta do Executivo. Ontem, em decisão monocrática, o
ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Morais, autorizou que o
governo ultrapasse o valor do déficit primário aprovado pelos parlamentares de
R$124,1 bilhões para este ano. As decisões coordenadas dos três poderes garantem
que se ultrapasse o que determina a Lei de Responsabilidade Fiscal. Estão dadas
as condições para o Estado intervir na economia brasileira, protegendo setores
e empresas. Gastando para superar a crise da pandemia do coronavírus, prevista
para cerca de três meses, de março a maio. Em junho espera-se que a economia
nacional volte a crescer.
Ontem, o economista Mansueto Almeida, Secretário do Tesouro
Nacional, afirmou que o déficit primário deste ano poderá ultrapassar R$300
bilhões, visto que o cálculo objetiva reduzir os efeitos das medidas tomadas de
controle da pandemia do coronavírus, as quais já ultrapassam R$100 bilhões. Referido
valor está de acordo com o gasto relativo a um mês, até que esteja controlada a
infestação no Brasil, estimada como se disse acima em três meses. O déficit
primário poderá ser de 4% do PIB.
Muito embora o Ministério da Economia informe que o valor da
intervenção atualmente beire R$700 bilhões, a maior parte dos recursos se
refere a créditos bancários. Por outro lado, o governo federal poderá ainda
lançar algum Refinanciamento de Dívidas (REFIS) para reduzir o aperto de caixa
das empresas.
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