24/03/2020 - AJUDA A ESTADOS E MUNICÍPIOS
Um plano do governo federal para ajudar a Estado e
municípios, com acesso a novos empréstimos, suspensão de dívidas e
transferências adicionais de recursos, envolvendo R$85,8 bilhões. Apenas os
repasses aos fundos de saúde somarão R$8 bilhões em meses. Duas medidas
provisórias estão sendo editadas para garantir referidos recursos. O Fundo de
Participação de Estados (FPE) e dos Municípios (FPM) serão alvos de um seguro
contra a queda de arrecadação durante a crise do coronavírus. Haverá uma
disponibilidade de R$16 bilhões em quatro meses, para recompor esses fundos.
Haverá a facilitação para operações de crédito bancários num total de R$40
bilhões. Suspensão da dívida com a União na ordem de R$12 bilhões. Renegociação
de débitos de Estados e municípios com bancos, no valor de R$12 bilhões.
Acréscimo de R$2 bilhões no orçamento da assistência social, recursos
destinados ao Programa Bolsa Família e demais programas assistenciais do
governo federal.
Uma extensa medida provisória alterou regras trabalhistas (MP
927). Instituiu o teletrabalho. Isto é, os empregadores poderão adotar contrato
de trabalho em que os funcionários poderão trabalhar sem estar no espaço físico
da empresa. As férias poderão ser antecipadas. Os feriados poderão ser
antecipados. O FGTS de março, abril e maio poderá ser recolhido a partir de
julho, sem multa, juros ou atualização, em seis parcelas. Poderá também ser
feito um banco de horas cujo prazo poderá ser compensado em até 18 meses,
contado da data do encerramento da calamidade pública.
O Banco do Brasil prorroga dívidas de micro e pequenas
empresas, além de reforçar suas linhas de crédito com R$100 bilhões. O BNDES
tinha anunciado anteontem que colocaria R$55 bilhões no capital de giro das
empresas financiadas e transferiria R$20 bilhões do PIS/PASEP para saques do
FGTS. Na semana passada a Caixa Econômica Federal anunciou medidas econômicas
de combate ao coronavírus, reduzindo juros e suspensão por 60 dias, no
pagamento de empréstimos. Por seu turno, o Banco Central reduziu as alíquotas
dos depósitos compulsórios a prazo, de 31% para 25% e dos depósitos à vista de
25% para 17%. Assim, os bancos brasileiros terão mais R$1,216 trilhão de
disponibilidade, equivalentes a 16,7% do PIB. Os recursos têm como objetivo
manter a liquidez, para que os bancos possam emprestar normalmente aos seus
clientes.
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