14/03/2020 - PIOR SEMANA DESDE 2008




Na sexta feira 13 de ontem, a bolsa de valores brasileira encerrou a pior semana desde 13 de outubro de 2008, quando se iniciava a segunda pior crise do capitalismo. A primeira fora em 1929, chamada de Grande Depressão. Encerrou com alta expressiva de 14%, mas não fora suficiente para salvar as vertiginosas quedas de outros dias da mesma semana, na ocorrência de quatro circuit breakers no período em tela, fechando o período em baixa semanal de 15,63%.

Pelo mundo as bolas também subiram. Em Nova York, os três principais indicadores de referência de bolsas americanas, qual sejam o índice Dow Jones, o S & P 500 e o Nasdak, revelaram ganhos médios de 9%. Por que aqui o ganho fora bem maior, a despeito de também quando caem os índices de lá, os daqui caem bem mais. Muito mais? A resposta é de que o Brasil nunca deixou de ser uma economia reflexiva e dependente. Quando ocorrem lá fora, principalmente nos EUA, um desastre, aqui se torna uma catástrofe. A história mostra assim.

O movimento de elevação dos indicadores em bolsa de valores pelo mundo ganhou força em reação à coletiva de imprensa de Donald Trump, na qual ele afirmou estado de emergência nos Estados Unidos, em razão da expansão do coronavírus naquele País. O presidente americano também informou que a decisão permitirá a liberação de US$50 bilhões em recursos federais, em combate à epidemia, conforme dispositivo constitucional.

O olhar sobre o petróleo, que tinha despencado desde cinco dias atrás, devido às divergências entre a OPEP e a Rússia, apresentou ganhos bem menores, inferiores a 5%, encerrando as perdas semanais superiores a 20%.

O dólar continuou pelo terceiro dia seguido de alta, acumulando valorização de 4% na semana, tendo o dólar comercial fechado a R$4,81, em razão das tensões da epidemia do coronavírus e de suas repercussões na economia mundial.

Paulo Guedes, Ministro de Economia, capa da revista Veja de hoje, prometeu medidas de combate aos desvios da economia nacional. Assim, declarou “soltamos medidas ontem, hoje (sexta) vamos soltar mais, segunda (dia 17) vamos soltar mais”. Entre a intenção e fato. Quer a equipe econômica soltar as medidas, mas os projetos de lei das reformas administrativa e tributária permanecem no gabinete da Presidência da República. Fato estranho, para aqueles que dizem que querem logo fazer as citadas reformas e já se passam cerca de 15 meses de governo.


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