19/03/2020 - QUEDA DA BOLSA É MAIOR DO QUE A DE 2008
O IBOVESPA sofreu ontem queda acumulada de 42% neste ano, mais
do que em 2008, quando caiu 41%, ano da considerada segunda maior crise do
capitalismo (a primeira foi a de 1929). As negociações foram as mais fortes
pela aversão ao risco, devido aos temores de uma recessão, em razão das
políticas econômicas de combate à pandemia do coronavírus. A retração de ontem
é a segunda pior desde que o IBOVESPA foi criado em 1967. A primeira queda foi
em 1972 de 44%. O índice ficou em 66.894 pontos, menor patamar desde 18 de agosto
de 2017, quando o IBOVESPA chegou a 61 mil pontos. Naquela época fora divulgada
a conversa entre Michel Temer e Joesley Batista, presidente que se enfraqueceu
bastante e deixou de realizar as reformas estruturais que pretendia reformas
estas que poderiam ter feito o País crescer mais e eram esperadas pelos
mercados, somente fazendo a reforma trabalhista. Quer dizer quase três anos de
atraso de reformas estruturantes e o País vem crescendo por volta de 1% nestes
três últimos anos. Temer ficou desgastado e o País menos proativo. O governo de
Bolsonaro não conseguiu ainda sair da proximidade da estagnação econômica.
O débâcle de agora é bem mais rápido do que o da crise
mundial passada em 2008. No pregão de ontem foi acionado o sexto circuit
breaker em dez dias corridos, sendo quatro sem pregões, não consecutivos. As seis
interrupções de 2008 aconteceram em quatro semanas.
O dólar, depois de bater em R$5,25, fechou ontem em R$5,20,
alta de 4% no dia. Neste ano o dólar acumula valorização de 30%. A forte
valorização do dólar foi contida por vendas de dólares pelo Banco Central.
O barril do petróleo tem menor valor em 17 anos, em aproximadamente
US$25.00.
Os bancos estrangeiros já começam a prever recessão para o
País. Um dos bancos maiores do mundo, o JP Morgan, refere-se à queda de 1% do
PIB brasileiro em2020.
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