27/03/2020 - SAIR DA BEIRA DO COLAPSO




Sair da beira do colapso tem sido a preocupação da maioria dos fazedores de política econômica pelo mundo, devido à pandemia do coronavírus. Só há um consenso: de que deve haver as medidas de política econômica, de intervenção do Estado na economia. Lembrando os ensinamentos de Keynes, em seu livro “Teoria Geral”, enquanto se aproxima a depressão (que é o colapso econômico), antecedida pela recessão (à beira do colapso), cabe ao Estado gerar empregos, na famosa expressão dele: “mandar cavar buracos e depois mandar fechar buracos”. Órgãos internacionais como ONU, Banco Mundial e FMI, já se referem em crescimento zero da economia mundial, o governo brasileiro também a isso já se referiu. Ou seja, quanto mais cedo acabar o isolamento quase total, mais cedo deverão ser tomadas medidas de reativação do aparelho produtivo.

Não há ainda estatísticas econômicas precisas sobre a citada contaminação, devido ao fato de que o isolamento de pessoas e a retração do sistema econômico são bastante recentes. Nos países primeiro atingidos os cuidados começaram em janeiro e fevereiro. O primeiro caso de contaminação no Brasil aconteceu em fevereiro, no Estado de São Paulo. No País, a partir de meados de março, quando os casos de contaminação do coronavírus começaram a crescer de forma mais forte, também o isolamento vertical começou de forma crescente nos Estados e nos municípios.

A informação que trouxe hoje, na Folha, o economista Vinicius Torres Freire é de que o consumo de energia elétrica caiu 9%, no período de uma semana, de 15 a 22 de março. Suas palavras: “Não é preciso muito discernimento para prever que comércios e fábricas parados vão provocar uma baixa inédita no PIB pelo menos durante um trimestre, embora o resultado do ano possa ser também de um desastre secular. Por ora vamos argumentar como o País tivesse um governo”. Ora, ele está sendo pessimista. Ele e toda a Folha são contra o governo de Jair Bolsonaro há mais de um ano de bombardeio. O economista otimista acredita que a curva de contaminação do coronavírus está crescendo há poucos dias e ela será achatada daqui a alguns dias. No máximo poderá aumentar de março até abril. Depois, a economia voltará à normalidade até o final do ano. Provavelmente, o ano se encerrará com uma recessão, projetada pelo Banco Itaú em – 1,7%. Porém, em 2021, terá um bom crescimento econômico, à semelhança do que também projetou recentemente o Banco Itaú, de que crescerá 5,5% no próximo ano. Como se sabe, referido banco é maior da área privada e tem renomada equipe econômica.

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