28/03/2020 - REPASSE DIRETO DA UNIÃO
Claro está que o governo terá ação proativa na economia
nacional. Não tem outra saída, visto que quase todos governos liberais estão
sendo keynesianos. O Ministério da Economia se incumbe de calcular e colocar
nas mãos do presidente da República a perspectiva do montante dos recursos a
serem gastos. Porém, tem feito grande esforço de uso de poucos recursos
próprios, para não engrandecer o déficit primário.
A cada dia são editadas novas medidas e mudadas algumas
daquelas já tomadas para combater os efeitos da pandemia do coronavírus na
economia brasileira. No entanto, convém destacar o que está aprovado. Assim, do
novo valor anunciado de recursos que serão colocados à disposição, cerca de
R$781,8 bilhões, somente aproximadamente 6% serão repasses diretos da União. Ou
seja, serão R$48,1 bilhões de repasses direto à população. O grosso dos
recursos virá de crédito bancário e que não será a fundo perdido, terão encargos
de pelo menos a taxa básica de juros, a SELIC, hoje em 3,75% anuais. Referido
crédito alcançará R$561,2 bilhões (71,8%). Em seguida, serão R$113,2 bilhões (14,5%)
de suspensão temporária de tributos ou antecipação de pagamentos já previstos,
tais com 13º de inativos, abono salarial, FGTS, PIS/PASEP. Mais R$31 bilhões (4,0%)
para Estados e municípios. Mais R$18,3 bilhões (2,3%)de remanejamentos de
verbas. Outros itens, no valor de R$10 bilhões (1,3%).
O auxílio mensal aos trabalhadores de R$600,00 mensais, por
três meses, mais o dobro para a cabeça do casal, no valor de R$45 bilhões. Não
estão ainda em vigor a antecipação do abono salarial, o repasse do PIS para
saque no FGTS, os reescalonamentos dos débitos de Estados e municípios.
Em síntese, na medida em que a crise do coronavírus se aprofunda,
mais cogitações de medidas serão feitas e algumas seguirão como medidas
provisórias.
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