13/03/2020 - PIOR CENÁRIO SERIA ELEVAÇÃO DO PIB DE 1%
O vexame de ontem com duas paradas de negociações na bolsa de
valores de São Paulo, não ingressou nos cálculos do Ministro da Economia, Paulo
Guedes, anteontem (11), quando ele esteve na Câmara de Deputados. Ele disse
que, no pior cenário, com o coronavírus se alastrando pelo País, o PIB teria
crescimento de 1% em 2020. Foram suas palavras: “Se, ao contrário, a pandemia
tomar conta do Brasil e não fizermos nossas reformas, pode chegar até 1%”. Ou
seja, menos 1,1% do projetado pela sua Secretaria da Fazenda, apresentando
projeções de redução de 2,4% para 2,1% do PIB. O quadro mais realista para
Guedes seria incremento de 1,8% do PIB para este ano. Logo, o otimista seria de
2,1%. Não só no Brasil, mas no globo os mercados vivem situação de pânico,
sendo o clímax anteontem, quando os Estados Unidos proibiram por 30 dias de
europeus ingressarem naquele país.
Na manhã de ontem o dólar bateu R$5,00 pela primeira vez na
história. Mas, no final do dia ficou abaixo de R$4,90. Fechou em R$4,78, mais
um recorde. O Banco Central fez vários leilões de venda de dólares. O índice da
bolsa de valores caiu duas vezes e, em quatro dias da semana, quatro vezes, só
não caindo em um dia dos quatro citados. Esteve subindo o tempo todo e quase
teve o terceiro circuit breaking no dia de ontem, aproximando-se de 20%,
voltando a cerca de 72 mil pontos, devido aos anúncios de que os Estados Unidos
iriam inundar de dinheiro a economia de lá, fechou o IBOVESPA no dia em 15%. Na Itália, o medo dos
acionistas foi ainda maior. A bolsa de valores de Milano fechou em menos 17%, a
maior queda da sua história. O mercado de bolsas da Europa obteve as maiores
quedas históricas.
Como sempre, em retração produtiva, os países ricos e emergentes
pelo mundo farão expansão monetária e com corte de juros. O Banco Central dos
EUA declararam que injetará US$1,5 trilhão em suas empresas. O Banco Central
Europeu injetará na Europa US$100 bilhões. E por aí vai.
O certo é que tudo está incerto na economia mundial.
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