Postagens

Mostrando postagens de outubro, 2020

ÍNDICE DE CONFIANÇA DOS SERVIÇOS

Nos países desenvolvidos o setor terciário, composto de comércio e serviços, representa mais de 60% do PIB. No Brasil, anda na casa de 50%, já há um bom tempo. Sim, o Brasil continua preso na armadilha de país de renda média, como já se disse muito nos anos de 1970, um pais que deixou de ser subdesenvolvido, para ser um país em desenvolvimento ou um país emergente. Mas, há 50 anos não saí dessa faixa. Ou seja, na classificação da ONU, para estar sendo um país desenvolvido, deveria ultrapassar a faixa de renda per capita de US$16,000.00. O Brasil nunca ultrapassou o patamar de US$11,000.00 e, neste ano, em recessão profunda, está descendo a ladeira, muito embora haja sinais de que no ano que vem obterá crescimento econômico. Determinados analistas de mercado, consultados pelo Banco Central, semanalmente, projetam um crescimento do PIB, por volta de 3,5%. Talvez, baseados no fato que as vendas da indústria de transformação do Estado de São Paulo avançaram 8,1%, entre agosto e setembr...

TAXA NEGATIVA DE JUROS

O Banco Central (BC) manteve a taxa básica de juros em 2% ao ano, pela segunda vez consecutiva, ontem, em sua reunião de cada 45 dias. Não há registro de taxa básica de juros tão baixa. Assim, a taxa referida permaneceu em seu nível mais baixo da série histórica do BC, cuja origem ocorreu em junho de 1996. O comunicado do BC, como ocorre depois de dois dias seguidos de reunião do Comitê de Política Monetária (COPOM) deixou o recado de que não vê mais espaço para reduzir a citada taxa. Tampouco, para elevá-la. Ou seja, de que ainda não é necessário elevar a Selic. Deu uma idéia confusa mesmo, perante uma inflação insidiosa e as dificuldades do governo   rolar a dívida pública com taxa Selic tão reduzida. Na consulta ao site MoneYou se vê que há cálculo médio dos juros brasileiros, em termos reais, está em menos 0,75% ao ano. Mesmo assim, a saída de capitais do País continua, principalmente porque não existe ganho real no mercado financeiro para os dólares internalizados. Des...

INFLAÇÃO CONTRATADA

O indicador oficial da inflação é o Índice Nacional de Preços ao Atacado (IPCA). Trata-se de uma cesta de produtos de mais de quatrocentos itens, explícitos pelas suas unidades e respectivos preços, os quais somados levam a uma média aritmética, calculada pelo IBGE, quinzenalmente, como prévia (IPCA-15) e, mensalmente, como indicador inflacionário, para fins estatísticos e de contratos. A política econômica conjuntural é de manter a inflação dentro de um centro de uma meta de 4,00%, para este ano, com viés de 1,50% para cima ou para baixo, conforme definido pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). A taxa inflacionária vinha muito abaixo do centro da meta de 4,00%, em doze meses. Em maio estava em 1,88%, abaixo do piso de 2,50%, fixado pelo CMN. Porém, nas últimas semanas, a inflação disparou. Em setembro chegou a 3,14%, acima do piso, mas abaixo do centro da meta. A teoria ortodoxa é de que se combate a inflação com aumento da taxa básica de juros (SELIC), quando está se eleva e vic...

TERMÔMETRO DA BOLSA DE VALORES

O termômetro da bolsa de valores é o seu indicador em pontos. No caso brasileiro é o Ibovespa. Há 50 anos começou a sua pontuação mais forte, caiu e subiu durante décadas, para estar hoje em dia em 101 mil pontos. Neste ano chegou ao seu máximo de 119.528 pontos, antes da pandemia do covit-19. No entanto, decretada em março a pandemia, o indicador chegou ao mínimo de 63.570 pontos. Desde que a taxa básica de juros, a chamada Selic, começou a cair de dois dígitos para um dígito, de 2017 para cá, a bolsa de valores reiniciou a sua ascensão. Ontem o Ibovespa chegou a recuar um pouco (0,24%), com forte pressão do exterior, cujas bolsas internacionais tiveram quedas expressivas. O índice Dow Jones, da bolsa de Nova York recuou 2,26%. A bolsa de Frankfurt caiu quase 4%. Persiste Lá na Europa o medo de expansão da pandemia do novo coronavírus e nos Estados Unidos a ausência de um acordo para mais incentivos, esperados desde julho, a uma semana da eleição presidencial. Porém, o Ibovespa su...

REAL MUITO DESVALORIZADO

O real está desvalorizado em relação ao dólar em cerca de 40%. Assim, os brasileiros que estão no exterior e tem ligações familiares com o Brasil remetem dólares com mais força para ganhar maior poder de compra interno. O Banco Central informou que, em setembro, foram registrados US$293 milhões de transferências para o Brasil de pessoas físicas. Trata-se do maior volume para o mês de setembro, conforme série histórica iniciada em 1995. No ano passado, em setembro, as remessas foram de R$248,6 milhões. De 1º de janeiro a 30 de setembro deste ano já chegaram US$2,407 bilhões, revelando um crescimento de 11,6%, em relação ao mesmo período do ano passado. Dessa maneira, o dólar mais caro, transformado em reais propicia maior poder de compra doméstico. Por seu turno, a alta do dólar desincentiva o envio de recursos ao exterior. Em setembro as transferências externas foram de US$128 milhões, queda de 18,9%, em relação a setembro de 2019. Em nove meses de 2020, as remessas ao exterior alc...

IBOVESPA BATE EM 12 MIL E FECHOU EM 11 MIL

O índice da bolsa de valores do Brasil, o Ibovespa, encerrou a semana subindo 3%, aos 101.259 pontos. Porém, no ano, a queda ainda é de 12,44%. No pior momento, chegou próximo a 60% do seu perfil, fato debitado ao enfretamento da pandemia do novo cornavírus, que impôs o isolamento social, que levou a redução de muitas atividades econômicas, ao ponto do País ter ingressado em recessão, estimada na casa mais pessimista em – 5% e na mais otimista em - 4% do PIB, para este ano. Aqueles que estão puxando a alta da bolsa de valores são os bancos, anunciando que seus balanços trimestrais virão com bons lucros, mesmo em situação de pandemia viral. Nesta semana entrante começará com o Santander, depois Bradesco, Itaú, Banco do Brasil e BTG-Pactual. Também divulgarão resultados a Petrobras, a Vale, Klabin, Cielo, Gerdau, GPA, Ambev, Telefônica do Brasil, Lojas Americanas, B2W, Suzano e Usiminas. Todas gigantes da bolsa de valores. Por seu turno, as contas externas brasileiras revelaram s...

DÓLAR JÁ SUBIU 40% ATÉ DIA DE ONTEM

24-10-2020 Por que o dólar já subiu 40% neste ano? Em entrevista ao jornal Estado de São Paulo, a economista chefe do Banco Inter fez aquele diário assim se expressar: “o maior problema por trás da desvalorização do real hoje é a desconfiança do investidor estrangeiro em relação às contas públicas do Brasil”. Em suas palavras: “A gente vem afastando, sim, alguns investidores. Acho que é hoje muito mais reflexo desse desajuste fiscal, das contas públicas, e das perspectivas da trajetória da dívida, do que necessariamente o patamar da Selic.” Divergindo da colega, necessariamente, a Selic em 2% anuais, é a principal causa da saída de dólares daqui. Dólares foram internalizados no Brasil desde quando FHC, em 1999 se prostrou ao empréstimo do em dólares do FMI, elevando a Selic a mais de 40% ao ano.   Lula ao invés de baixar a Selic a elevou, mantendo-a na casa de dois dígitos. Dilma manteve a Selic também muito alta. Temer veio reduzindo a referida taxa de 14% até 6%. O presid...

DESIGUALDADE NAS GRANDES CIDADES

Divulgado pelo centro de pesquisas Observatório das Metrópoles, em parceria com a PUC do Rio Grande do Sul, convênio que vem também divulgado pela rede Globo, a desigualdade na distribuição de renda piorou nos 22 grandes centros urbanos pesquisados, na medida em que foi imposto pelos governantes o isolamento social, para combater a pandemia do novo coronavírus. Para medir a desigualdade se tem vários indicadores. O índice de Gini (G) foi adotado, já que é consagrado como melhor indicador de distribuição de renda, inclusive recomendado pela ONU. Ele varia de zero (plena igualdade) a 01 (extrema desigualdade). A referida instituição o calculou para os grandes centros brasileiros e constatou que o índice médio de Gini subiu de 0,610 para 0,641. Acima de 0,500 já é considerado alto, acima de 0,600 se aproxima da fase de muito alto. Subindo mais de três centésimos se denota o agravamento da situação da distribuição de renda nas cidades, perante a citada pandemia, em tão pouco tempo. ...

AS MARCAS DE EMPRESAS MAIS VALIOSAS

Interessante a publicação da revista Exame, datada de 16-09-2020, de pesquisa exclusiva da consultoria inglesa Brand Finance, acerca das 50 empresas mais valiosas do Brasil e das 500 no mundo, as quais conseguiram traduzir isto em termos de receitas. Enfrentando a pandemia do covit-19 saíram ganhando as marcas que conseguem construir uma imagem de confiança de estar sempre do lado do consumidor. No caso brasileiro, em valores de 2020, por dados coletados da referida consultoria, da primeira a qüinquagésima posição estão as marcas: Itaú, Bradesco, Caixa, Banco do Brasil, Petrobras, Skol, Vale, Vivo, Sadia, Brahma, Natura, Derby, Antarctica, Marfrig, Fibria, Braskem, Embraer, Ipiranga, Renner, Magazine Luiza, Lojas Americanas, Oi, Cielo, Localiza Hertz, Porto Seguro, Sul América, Atacadão, Votorantim, Azul, Assaí Atacadista, Nova Schin, Extra, Gol, Bohemia, BTG Pactual, Banrisul, Pilão, Gerdau, Kaiser, Unidas, Eletrobras, B3, CPFL Energia, Havaianas, Kroton Educacional, Pão de Açúc...

ROBÔS DE USO ACELERADO

O Fórum Econômico Mundial, baseado na Suíça, realiza estudos de caráter permanente sobre os principais problemas do globo. Na medida em que a pandemia do covit-19 se alastra pelo mundo, os trabalhadores vêm serem aceleradas as utilizações de robôs em seus lugares. Estudo do referido Fórum calculou que, em decorrência da citada pandemia, 85 milhões de postos de trabalhos serão substituídos por robôs, em empresas de médio e grande porte nos próximos cinco anos. As mudanças de tais substituições irão elevar as desigualdades sociais. Os estudos contemplaram cerca de 300 grandes corporações, nas quais quatro em cada cinco executivos estão acelerando planos para digitalizar o trabalho e implantar novas tecnologias, desfazendo ganhos de emprego.   As expectativas de dois economistas, Ziad Daoud e Scott Johnson, divulgados pela agência novaiorquina Bloomberg Economics vão muito mais longe na ameaça ao emprego que representa a robótica. Assim, segundo eles, o avanço no uso da tecnol...

NONA POSIÇÃO NO MEDO DE PERDER EMPREGO

O Fórum Econômico Mundial, unidade permanente de estudos sobre os problemas e soluções mundiais, contratou a consultoria internacional Ipsos, para estudar o medo de perder o emprego em 27 países, entrevistando 112 mil trabalhadores. No Brasil 63% dos pesquisados declararam estar com medo de perder o emprego nos próximos 112 meses. O País ficou na nona colocação, empatando com a África do Sul. Na frente brasileira está a Rússia com 75% dos entrevistados; segue-lhe Espanha, 73%; Malásia, 71%; México, 68%; Peru, 68%; Chile, 66%; Polônia, 65%; Turquia, 64%. Na frente estão Argentina e Hungria com 60%. A menor participação foi encontrada na Alemanha com 26% e na Suécia com 30% das respostas. Quanto ao quesito de nível e preocupação, o País ficou com o terceiro lugar, ficando atrás somente da Espanha e da Rússia. Na média dos 12 mil trabalhadores 17% se disseram muito preocupados. A Malásia (6%) e a Rússia (7%) tiveram os trabalhadores que mostraram bastante despreocupação com o desemp...

RELATÓRIO DE MERCADO FOCUS

19-10-2020 O Relatório de Mercado Focus desta semana traduz pequena redução no processo recessivo deste ano. As instituições financeiras consultadas reduziram sua previsão de - 5,03% para - 5,00% do PIB para 2020.   Há um mês a expectativa era de - 5,05%. Para 2021, referidas fontes mudaram a estimativa de alta de 3,50% para 3,47% do PIB. Há um mês a esperança era de 3,50%. O Informativo Focus mostrou ainda que a projeção da dívida líquida do setor público sobre o PIB para 2020 passou de 67,00% para 67,40%. Há quatro semanas estava em 67,25%. Para 2021, a estimativa passou de 69,20% para 70,00%. Um mês atrás era de 69,90% do PIB. O Informativo Focus revelou a manutenção na estimativa para o resultado primário do governo em 2020. A projeção do déficit primário sobre o PIB seguiu em 12%. Para 2021, continuou em 3% do PIB. Há quatro semanas estavam em 12,00% e 2,80%, respectivamente. Por seu turno, a relação entre o déficit nominal sobre o PIB seguiu em 15,80%. Para 2021, passou...

DESEMPREGO DE 14 MILHÕES

18-10-2020 O número de pessoas em desemprego aberto alcançou 14 milhões, na qurta semana de setembro. A taxa de desocupação ficou em 14,4%. Os dados foram coletados pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Covid-19, divulgada ontem. Desde a primeira semana de maio que o IBGE vem divulgando a PNAD Covid-19 semanalmente. A coleta de dados está sendo feita por telefone e continuará para subsidiar as enquetes mensais da PNAD até o final do ano. A taxa de desocupação tem ficado praticamente estável em relação à semana anterior. Porém, cresceu bastante em relação à primeira pesquisa de maio citado, que fora 10,4%, devido o fato de que mais pessoas estejam pressionando o mercado de trabalho, em face da flexibilização das medidas de distanciamento social e a retomada de atividades econômicas. Desde março que o isolamento social fora implementado, em razão do combate a pandemia do novo coronavírus. Cálculos do IBGE indicam que o grupo de pessoas que ficou isolado foi de 31,...

TETO DOS GASTOS

17-10-2020 O Ministro da Economia, Paulo Guedes assegurou que o governo vai respeitar o teto dos gastos, fixado em lei, honrando o compromisso de austeridade fiscal, mesmo tendo eu abortar o Programa Renda Cidadã, no caso de não conseguir encontrar recursos no orçamento. Em programa virtual promovido pela XP Investimentos, o ministro afirmou que é preferível manter o Programa Bolsa Família como está. Isto é, sem a ampliação desejada de 6 milhões de famílias com a fusão do Renda Cidadã. Paulo Guedes destacou que maiores transferências de renda poderiam ser viabilizadas com cortes em subsídios e deduções de classes de renda mais alta. O problema é que no Congresso não se cogita de fazê-las. No final do ano terminam os auxílios emergenciais. Muitas pressões surgirão no mercado de trabalho. Além disso, começará o ano com enorme desafio governamental que terá de rolar R$643 bilhões em dívidas do governo federal, em ter janeiro e abril. Isso corresponderá a 15,4% da dívida interna ...

ECONOMIA CRESCE PELO QUARTO MÊS

A economia brasileira cresceu em janeiro e fevereiro. A pandemia foi decretada pela OMS em março, quando a economia regrediu sem precedentes, em razão das medidas de isolamento social, que paralisou, tanto no conjunto como em parte, muitos segmentos produtivos. A dose foi repetida em março. Em sequencia, o sistema econômico cresceu em maio, junho, julho e agosto. Porém, a retração foi tão grande em março e abril, que os analistas econômicos, consultados semanalmente pelo Banco Central, estimam que a economia brasileira neste ano poderá ter regredido por volta de – 5% do PIB. Os dados do Índice de Atividade Econômica calculados pelo Banco Central (IBC-Br) apontam para uma prévia de crescimento consecutivo de maio a agosto. Muitos segmentos produtivos tiveram prejuízos e ainda não voltaram a ter lucros. Pouquíssimos gêneros econômicos tiveram lucros aumentados, como está sendo o caso de fármacos, comércio eletrônico, supermercados e correlatos. Por seu turno os bancos tiveram queda d...

NOVO NÃO NORMAL

Economistas costumam criar figuras de linguagem para a incerteza. Assim, quando a pandemia do novo coronavírus se iniciou em março deste ano, já a sete meses dos mecanismos de isolamento social, que levaram a economia mundial para a recessão, ficou sendo chamado como novo normal. Quer dizer, o combate à pandemia, entre optar pela economia ou a saúde, optou-se mais pela defesa da saúde, porém   com mecanismos recessivos, onde os países regrediram e a pobreza extrema (pessoas que percebem até US$1.90 por dia, por volta de R$10,00) deverá ser elevada para cerca de 100 milhões de pessoas (o FMI projetou 90 milhões e o Banco Mundial 115 milhões). Miriam Leitão, jornalista do grupo O Globo, quando não está fazendo férrea oposição ao governo de Jair Bolsonaro, consegue às vezes fazer boas colocações, ainda que sejam retiradas de fontes econômicas conhecidas. Em seu artigo de hoje, ela cita o coordenador da área de Economia Aplicada do Ibre/FGV, Armando Castelar, que afirma que a situa...

SITUAÇÃO CRÍTICA DOS PEQUENOS EMPRESÁRIOS

O relaxamento de parte das medidas de isolamento social para combater o novo coronavírus, não foi suficiente para que os pequenos empresários saíssem da situação crítica de seus débitos, que devem R$105 bilhões, principalmente de tributos federais, conforme depoimento do gerente de Políticas Públicas do Sistema Brasileiro de Apoio a Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE Nacional), Silas Santiago, em audiência pública da comissão especial do Congresso Nacional, a qual avalia as medidas de combate da pandemia do covit-19, conforme ele, visto que as empresas de menor porte estão há quase cinco meses, obtendo receitas menores do que a metade de antes da pandemia, ao tempo em que os débitos estão se acumulando e que as medidas de caráter emergencial estão chegando ao final, previstas para até dezembro. Silas defendeu a aprovação de quatro projetos, em tramitação no Congresso Nacional, que suspendam o pagamento de tributos das Micro e Pequenas Empresas, incluindo projeto que prevê parcel...

CAIU A INADIMPLÊNCIA EM PLENA PANDEMIA

13-10-2020 Seria esperado que inadimplência aumentasse, tendo em vista o isolamento horizontal adotado para combater a pandemia do novo coronavírus, o que elevou o nível de desemprego e fechou várias empresas. Mas, não. O sistema de avaliação de crédito da SERASA/EXPERIAN revelou que em julho os níveis de inadimplência das empresas e pessoas físicas caíram 2,5 milhões de pessoas em relação a abril. Estavam cadastrados até julho 63,5 milhões de inadimplentes. O cenário revelado é fruto direto do auxílio emergencial, dos programas de socorro as empresas e também da taxa de juros em piso histórico, o que ocasionou uma corrida ao sistema financeiro para renegociação de dívidas. Dados da Febraban indicam que, de abril até agosto, os bancos reestruturaram cerca de R$110,5 bilhões de dívidas, perfazendo um total de 14,2 milhões de contratos. As bolsas européias seguiram os Estados Unidos e fecharam em alta ontem estimuladas pelas perspectivas de recuperação econômica na América do N...

BANCO MUNDIAL PIORA PREVISÃO

12-10-2020 Ontem, aqui foi assinalado que o Fundo Monetário Internacional (FMI) previu para este ano, que os efeitos negativos da pandemia do novo coronavírus irá fazer 90 milhões de miseráveis no globo. O Banco Mundial veio hoje divulgar que a extrema pobreza irá avançar 115 milhões, pela primeira vez em 20 anos. Para 2021, os economistas do Banco Mundial acreditam que tal número poderá crescer para 150 milhões. O conceito de extrema pobreza ou de miseráveis é o daquele cidadão que percebe US$1.90. Ou seja, uma renda de aproximadamente R$10,00. Novo levantamento do Ministério da Saúde leva a crer que há estabilidade no número de mortes por covid-19 no Brasil. Há registros de aproximadamente 5 milhões e 100 mil infectados, chegado a um total de mais de 150 mil óbitos. A média móvel de casos da última semana foi de 590. Desde o dia 10 de maio que este número não ficava abaixo de 600 registros. A União Européia acertou a compra de 200 milhões de vacinas da Johnson & Johnson...

PROJEÇÕES DE RECESSÃO MUNDIAL

11-10-2020 O Fundo Monetário Internacional (FMI) projetou uma recessão média mundial em 2020 de - 4,4%. No relatório trimestral anterior, quando a pandemia do covid-19 estava mais forte, o FMI estimou a recessão brasileira de – 9,1%. Agora, em outubro, o FMI reviu a sua projeção de 2020 para 5,8%. As melhorias das estimativas, daquele órgão se devem a uma atuação dos bancos centrais em elevar a liquidez da economia e da ajuda emergencial dos governos mais ressentidos. Como resultado da pandemia, o FMI se refere no relatório que mais de 90 milhões de pessoas n globo ficaram mais pobres, ingressando em privação extrema. A calamidade que envolve o mundo não tem data para acabar, será longa e irregular. Para o Fundo, a China poderá ser o único país que terá crescimento positivo e maior do que o de 2019. A projeção do mercado financeiro é de que o PIB deste ano ficará em 5,03%. Para 2021, o PIB crescerá 3,50%, conforme boletim Focus do Banco Central, que calcula a mediana das estima...

INFLAÇÃO VOLTOU A INCOMODAR

10-10-2020 A taxa inflacionária voltou a acelerar. Em 12 meses, passou de 1,88% em agosto para 3,14% em setembro. As pessoas podem pensar que 1,26% é pequena elevação. Ledo engano. A elevação foi de 67% de um mês para o outro. Os alimentos foram os vilões. Eles corresponderam a cerca de 70% da inflação de setembro. A taxa de 3,14% está abaixo do centro da meta de 4,0%, fixada pelo Conselho Monetário Nacional. Mas está acima do piso da meta de 2,5%. Em muito contribuiu a elevação do preço do dólar, que tem impacto de cerca de 30% nos produtos importados, principalmente no trigo. Os bancos e consultorias afirmam que a inflação dos alimentos continuará. O banco ABC informou ao mercado que em novembro ela será de 18,71%, em 12 meses e em dezembro de 14,11%. Há muito tempo que o País não tinha uma inflação setorial de dois dígitos. No momento em que a pandemia não tem nenhuma vacina aprovada, o desemprego bate recorde de 13,7%, os indicadores fiscais pioraram e o custo da dívida...

FORTUNA DOS BILIONÁRIOS BRASILEIROS DOBROU

Relatório do Banco suíço UBS, em conjunto com a tradicional consultoria PwC, de 2009 a 2019 a fortuna dos bilionários brasileiros cresceu 99%. Isto é, praticamente dobrou. Por que isto? O estudo deles é de capitalistas selecionados. Entretanto, trata-se de fenômeno do mundo capitalista. Em tese, quem tem dinheiro, investe, faz mais dinheiro. Na medida em que o capitalista se torna dono de grande soma de capitais é porque vem obtendo lucros cada vez maiores. Logo, eles viram bilionários. Mesmo perante a pandemia do novo coronavírus, a fortuna dos bilionários brasileiros aumentou 39%, entre abril a julho de 2020, conforme as mesmas fontes acima. Claro, em uma amostra selecionada. Segundo o levantamento dessas fontes, fortuna dos bilionários brasileiros somava US$176,1 bilhões, no final de julho, em relação ao início de abril deste ano, cujo valor estimado era de US$127,1 bilhões. Na dinâmica da distribuição de renda, existem várias vertentes. O pressuposto fundamental é de que haja...

AUMENTO DA POBREZA PELA PANDEMIA

O Banco Mundial calculou que a pandemia do novo coronavírus elevará a extrema pobreza em 150 milhões de pessoas. Atualmente o mundo tem mais de um bilhão de seres nessa situação. O aumento será superior a 15%. Para ele a situação não será pior porque houve redução relativa de conflitos e mudanças climáticas sem relevância, que contribuíram para a desaceleração da pobreza mundial. Estudo da Fundação Getúlio Vargas apontou que, retirado o auxílio emergencial em dezembro deste ano, cerca de 6 milhões de brasileiros reingressarão em pobreza absoluta. Isso corresponderá a 4% de cidadãos paupérrimos. O conceito de extrema pobreza do Banco Mundial é aqule na qual o cidadão pode viver com menos de US$1.90 por dia. Considerando um dólar a R$5,50 seria R$10,45 ao dia, a faixa limite, arredondada para R$10,00. Este valor seria para a pessoa satisfazer as necessidades básicas. Ao mês seria R$300,00. Por coincidência é o valor agora do auxílio emergencial dos quatro meses do final do ano, que...

FIM DO AUXÍLIO EMERGENCIAL

O auxílio emergencial de R$600,00 por pessoa e sendo o dobro para a mãe solteira por cinco meses, passando a ser de R$300,00 por quatro meses, continuando o dobro para a mãe solteira, tornou-se o principal mecanismo de defesa do governo federal, perante a pandemia do novo coronavírus e das medidas de isolamento social adotadas, de uma população brasileira, tanto em pobreza absoluta como em pobreza relativa. O mecanismo foi tão exitoso que, pesquisas sobre nível de renda do brasileiro de abril até agosto, feitas pelo IBGE, A PNAD Continua covid-19, revelou que a renda média do brasileiro chegou a se elevar, em momento de forte recessão. Os participantes do Programa Bolsa Família praticamente passaram a fazer opção por ele. No conjunto foram atendidos 67,7 milhões de cidadãos. A partir de janeiro, o citado auxílio deixará de existir. O pessoal do Programa Bolsa Família retornará a receber o seu benefício e 38 milhões de brasileiros poderão ficar sem a referida assistência, dado que n...

PRESERVAR O TETO DE GASTOS

O Fundo Monetário Internacional (FMI), do qual o Brasil é membro-cotista, realiza anualmente relatório sobre a economia mundial. No cenário sobre o Brasil o FMI afirma que é fundamental a manutenção do teto dos gastos públicos, sem deixar de incluir no orçamento do Estado a ampliação das redes de proteção social, em razão da pandemia em curso. O documento foi divulgado ontem em Nova York, como resultado de uma missão técnica ao Brasil. Na crista da onda política está justamente o debate entre aqueles que propõem o rompimento do teto em referência e outros políticos são contra, bem como do lançamento do Programa Renda Cidadã, que busca substituir e ampliar o Programa Bolsa Família, das atuais 14 milhões para 20 milhões de famílias, sem definir de onde sairão os recursos para tal. Vários balões de ensaio têm sido colocados em questão, desde a redução do pagamento anual dos precatórios, da extinção de pequenos programas e fundos sociais, de elevação da carga tributária e até a extinguir...

INFORMALIDADE E DESEMPREGO

O conceito de trabalhadores informais, segundo o IBGE, é o conjunto de pessoas que trabalham no setor privado, sem carteira de trabalho assinada e sem CNPJ, incluindo trabalhadores domésticos não registrados, empregadores, trabalhadores familiares e por conta própria. Na comparação com os mesmos meses de maio a julho de 2019, os trabalhadores informais se reduziram em 20%. O emprego informal praticamente não fora retomado no Brasil e eles estão sobrevivendo, em imensa maioria, do auxílio emergencial do governo federal, que cessará em dezembro. Isto acontece porque a pandemia do covit-19 está presente. Dessa forma, de maio a julho o IBGE registrou 30,6 milhões de trabalhadores sem registro formal. Eles representam 37,4% da população ocupada. A onda de desemprego atual não é conjuntural, que seria provocada por crises localizadas ou temporárias. O desemprego recente é estrutural e tem razões globais, no enfrentamento da pandemia do coronavírus, que levou ao isolamento horizontal. S...

IMPOSTO SOBRE BENS E SERVIÇOS

A única proposta do governo federal na Câmara de Deputados é do Imposto sobre Bens e Serviços (IBS). Ele representa a junção de cinco tributos: PIS, COFINS, IPI, ICMS e ISS. São tributos fortes. Três federais, PIS, COFINS, IPI; um estadual, ICMS; outro municipal, ISS. Estudo divulgado neste final de semana (pesquisadores da UFMG, FGV) revela que o IBS existindo o consumo das famílias se elevaria 24% em dez anos. Trata-se de pirotecnia, haja vista que está difícil consenso sobre a proposta governamental, não obstante não se conheça o modelo econométrico que levou a tal conclusão. Além do mais, o Ministro da Economia, Paulo Guedes, aventa a hipótese de criação de um imposto sobre as transações econômicas pela internet: um imposto virtual, ao tempo em que está previsto ser implementado um programa pelo Banco Central, de negociações virtuais imediatas (PIX), através de aparelho telefônico celular, a partir de 16 de novembro deste ano, substituindo a transferência eletrônica (TED) e o d...

QUINTA SEMANA RECUANDO

03-10-2020 A bolsa de valores brasileira recuou pela quinta semana consecutiva. O que quer dizer isto? De que há muita especulação e indefinição no que pretende fazer o grande capital. Os analistas de plantão, aqueles que falam e explicam quase tudo, disseram que havia ruídos internos relacionados à equipe econômica e incertezas no exterior. Disseram que seis são meia dúzia. O Ibovespa caiu 1,53% no ultimo pregão de ontem, fechando a 94.016 pontos. Na semana a bolsa de valores recuou 3,07%. O volume financeiro foi de R$23 bilhões. Interessante é pontuar que na bolsa de valores existem muitos fundos de pensão e fundos de investimentos do sistema financeiro que compram e vendem ações até mesmo durante o dia. Ou seja, a bolsa de valores do cotidiano é um cassino de alta volatilidade. No longo prazo, a bolsa de valores serve para florescer e solidificar os grandes conglomerados financeiros que vivificam o capitalismo.  

TURISMO ATINGIDO EM CHEIO

02-10-2020 A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) informou que foram fechados de março a agosto cerca de 50 mil estabelecimentos turísticos. O montante correspondeu por volta de 17% de hotéis, pousadas, agências de viagens, serviços de transportes, bares e restaurantes, cultura e lazer. Para a CNC o segmento mais atingido foi o de bares e restaurantes com 39.500 estabelecimentos; hotéis, pousadas e similares, segui-lhe com 5.400; transportes rodoviários com 1.700. A pesquisa da CNC se deu nos dados do Cadastro de Empregados e Desempregados (Caged). Nos seis meses analisados 481,3 mil postos de trabalho foram fechados na área de turismo. O segmento em referência tinha mais de 3,4 milhões de trabalhadores. Com a referida baixa, 14% dos empregos da área foram destruídos. A situação seria pior se não houvesse os auxílios emergenciais do governo. Por exemplo, os hotéis hoje estão com uso de 20% da capacidade. Para representantes do segmento continuam...

DESEMPREGO RÉCORDE

01-10-2020 Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Continua, no trimestre até julho, o desemprego atingiu um recorde de 13,8%, correspondentes a 13,1 milhões e, deve demorar a cair, conforme o IBGE, ao menos até 2022. Não obstante terem sido criadas 249 mil vagas formais em agosto, técnicos do órgão estimam que, entre formais e informais, a desocupação seguirá piorando até 2021. No trimestre de maio, junho e julho, 7.214 milhões de brasileiros perderam o emprego. Em um ano, o total de postos de trabalho extintos supera 11,5 milhões. O resultado é o pior desde o início da série, em 2012. No mesmo trimestre do ano passado o desemprego era de 11,8%. É considerado desempregado quem buscou uma vaga. Embora a demissão tenha sido em larga escala, por causa da pandemia, a maioria dos demitidos caiu na inatividade. O desemprego só não foi maior porque a força de trabalho continuou caindo em julho. O cenário que se afigurou na pesquisa é de que, com o afrouxamento das medid...