INSEGURANÇA ALIMENTAR VOLTOU A CRESCER


O IBGE, dentre outros relatórios, produz a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), divulgada No início deste século no formato anual. Porém, a exigência da política econômica a fez também mensal, PNAD Contínua. Contudo, devido à pandemia do covit-19, passou a chamar-se, mensalmente, desde março, de PNAD covit-19. Em 2004, a PNAD começou a levantar a insegurança alimentar, vale dizer, a carência alimentar, identificando em mais de 3.500 municípios brasileiros, algum grau de insegurança alimentar. Na época em 34,9% deles.

Em 2013, o Brasil chegou a sua melhor situação. Por volta de 22,6% dos domicílios estavam em situação de insegurança alimentar e apenas 3,2% se encontravam em situação grave de fome. Não sem motivo, o Brasil vinha crescendo a taxas médias anuais (2004 a 2013) em torno de 4%. Porém, em 2014, o Brasil vem tendo déficit primário, ingressando em forte recessão (2014 a 2016, em 11 trimestres), estacionando em 1% do PIB (de 2017 a 2019) e se pondo em recessão maior da história de um ano, o deste exercício, cuja taxa negativa do PIB poderá ser na faixa de 4% a 5%. Mais, para 5% é o que estão observando analistas econômicos nacionais.

Desde então o grau de fome foi reduzindo. Indo mais além, com outra metodologia e tomando outra fonte de pesquisa do IBGE, a Pesquisa de Orçamento Familiar (POF), também anual, esta foi objeto de exame mais amplo por aquele órgão.

Dessa Forma, o IBGE informou que, nos últimos cinco anos, certo grau de fome, total ou de forma parcial, nos domicílios brasileiros passou a 43,7%. Ou seja, as famílias pesquisadas mostraram ter problemas para garantir alimentos, registrado pela POF. No biênio de 2017-2018, 36,7% dos domicílios tinham algum grau de insegurança alimentar. Mas, o indicador foi piorando e agora o IBGE propaga estar próximo de 44% de domicílios nacionais com certo grau de insegurança alimentar.

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