CONTAS CONSOLIDADAS DO GOVERNO EM JULHO



 

A contabilidade do setor público engloba o governo central, estados, municípios e estatais. Em conjunto registraram déficit primário de R$81 bilhões em julho, conforme informes do Banco Central (BC). Tal cifra corresponde a 86,5% da dívida pública, a qual fechou julho em R$6,210 trilhões. O rombo recorde está relacionado ao aumento de despesas extraordinárias autorizadas para combater a pandemia do novo coronavírus, além da queda na arrecadação pelo isolamento vertical, que paralisou muitas atividades econômicas. No valor em referência não estão incluídos os pagamentos de juros da dívida publica.  

 

Conforme a série histórica do BC, que começou no início de dezembro de 2001, o referido resultado do mês de julho foi o pior em 19 anos. Em julho de 2019, o déficit fiscal foi de R$2,763 bilhões. No acumulado dos sete meses deste ano, as contas do setor público apresentaram déficit primário de R$483,773 bilhões. Ocioso dizer que também é o maior déficit de qualquer ano entre os captados pelas estatísticas do BC.

 

Malgrado a epidemia, o déficit primário para este ano era de até R$118,7 bilhões. No entanto, mediante o decreto de calamidade pública, proposto pelo governo e aprovado pelo Congresso Nacional este limite poderia ser estourado, em novo orçamento, chamado de orçamento de guerra.

 

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