RISCO DO PAÍS
Os grandes financistas internacionais fazem os cálculos do
risco de um país, em um provável calote na dívida externa e interna. As possibilidades
seriam de uma moratória, atraso nos pagamentos ou redefinição das contas
devedoras com rebates, perdão parcial ou total dos juros, ou alongamento da
dívida com carência, tanto para títulos públicos como privados. Em inglês se
chama Credit Default Swap (CDS). Em outras palavras, o CDS seria um termômetro
da garantia de dívidas. Não sem motivo, em anos eleitorais há uma tendência de
crescimento dele. Nas cinco últimas eleições, o CDS subiu bastante.
Na campanha eleitoral de 2002, quando o ex-presidente Lula
era o candidato favorito. Ele tinha o discurso de fazer uma auditoria, tanto n
dívida interna como na externa. Isso assustava tanto os investidores nacionais
como internacionais. O CDS alcançou 3.790 pontos. Quer dizer, em termos
percentuais, 3,79% de acréscimos nas taxas de juros dos novos contratos.
Diminuiu até a sua eleição e, no final do ano de 2002, ainda estava em 2.000
pontos, mesmo após a “Carta aos Brasileiros”, antes da eleição, na qual ele
prometia respeitar os contratos. Como realmente o fez. Na eleição de Lula, em 2006,
o risco do Brasil diminuiu bastante Começou o ano de 2007 em 225 pontos e
terminou em 100 pontos. Em 2008, por causa da crise financeira global, o
referido risco subiu até 122 pontos, mas caiu no final do ano para 113 pontos.
Na eleição de Dilma em 2010, ela começou com CDS de 122 e
findou em 113. No segundo mandato de Dilma começou o CDS com 192 pontos e
findou em 201 pontos.
Na eleição de Jair Bolsonaro, em 2018, o CDS iniciou-se com
160 e parece que terminará por volta de 206 pontos.
Na eleição deste ano, que ainda irá se realizar em outubro,
onde a eleição está polarizada entre Lula e Bolsonaro, o CDS em 2021 estava em
202 pontos, em junho chegou a 292 pontos e, agora, no início de setembro,
recuou para 258 pontos.
As informações e projeções citadas acima do CDS se encontram no site
Poder360, datado de hoje.
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