DÓLAR FORTE E ESPECULATIVO

 

A maior economia do mundo passa por problemas de elevada inflação, devido aos aumentos dos preços internacionais das commodities e dos efeitos de restrições da oferta nos países que sofrem com os boicotes que a Rússia realiza ao fornecimento de gás à Europa, principalmente na Alemanha, em vista do inverno que está próximo de chegar, além de que a guerra entre Rússia e Ucrânia continua, sem data para acabar. É a maior inflação em quatro décadas e a solução que estão tomando nos Estados Unidos é a elevação da taxa básica de juros. Na Europa semelhante fenômeno inflacionário acontece e a terapêutica é a mesma da economia americana: elevar os juros dos títulos de dívida pública e privada.

Os investidores internacionais têm comprado dólares, para se beneficiar da alta dos juros e se proteger dos solavancos econômicos. Os indicadores de uma moeda forte mostram que somente neste ano o dólar se valorizou em torno de 19%, perante uma valorização de 27% desde o final de 2020, conforme a Agência Reuters.

Em artigo de hoje, intitulado: “Sobrecarga na compra do dólar eleva risco de violenta reversão”, a Agência Reuters afirma: “Alguns investidores temem que as negociações com o dólar tenham se tornado excessivamente exorbitante, aumentando o risco de uma queda acentuada se a sorte da moeda mudar e investidores tentarem sair de suas posições de uma só vez. ‘O posicionamento está sobrecarregado’, disse Calvin Tsé, chefe de macroestratégia global para as Américas do BNP Paribas”.  

No Brasil, o dólar ontem teve um forte aumento, por volta de 2,53%, vendido a R$5,38, atingindo maior valor em dois meses. A bolsa valores brasileira caiu 2,33% e atingiu menor nível em 50 dias. O que está acontecendo continua sendo o medo de uma recessão global, visto que não só nos Estados Unidos se comente em nova elevação dos juros básicos, bem como o os anúncios dos bancos centrais europeus, além do Reino Unido, de levaram os juros para cima. Juros mais altos afugentam o dinheiro dos países emergentes como o Brasil. Ademais, as tensões da semana eleitoral também influenciaram as negociações com ações e dólar.

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