PETRÓLEO ABAIXO DE US$90.00



Ontem, o barril do petróleo, do tipo Brent, caiu mais de 5%, abaixo de US$90.00, quando recentemente esteve na faixa de US$120.00. O referido barril chegou ao meteorito de US$139.00, declinando rapidamente para a faixa dos US$120.00. Isto quer dizer, uma queda acumulada de pelo menos 25% em tão pouco tempo. O que houve não foi o fim da guerra da Rússia coma Ucrânia. Pelo contrário, a guerra não tem data para acabar e se agrava a passos largos, na medida em que a Rússia está suspendendo o fornecimento de gás para a Europa e disse que só voltará a fazê-lo após a retirada das sanções contra ela, feitas pela União Europeia e pelos Estados Unidos. A Rússia fornecia mais de 50% dos combustíveis ara a Europa e hoje fornece cerca de 9% das suas necessidades. Os preços do barril de petróleo caíram abaixo dos preços da referida guerra, fechando em US$88.00.

Os analistas financeiros internacionais estão com receio com que acontecerá com a queda dos preços da energia, muito mais altos na Europa, além da desaceleração da demanda europeia, mediante ameaça de recessão forte na Alemanha e demais países componentes da União Europeia. Ademais, o reiterado combate da China à pandemia do covid-19, restringiu também a sua demanda agregada e a circulação de pessoas em seu território, desestimulando a economia chinesa de uma maneira em geral.

A recessão generalizada está sendo esperada, a inflação continua alta pelo globo e os bancos centrais repetem que elevarão as taxas básicas de juros. Os Estados Unidos apresentaram dois trimestres de PIB negativos, estando em recessão técnica. A União Europeia teve dois trimestres crescendo muito pouco (0,8% e 0,7%, respectivamente). No entanto, já é esperado crescimento negativo no trimestre atual.

No Brasil, a Petrobrás tem feito cortes seguidos nos preços dos combustíveis e está acenando com novos cortes seguidos, se os preços do barril de petróleo continuarem caindo.

No caso brasileiro, a inflação vem recuando também pelas medidas de política econômica, de redução do ICMS nos combustíveis e na energia elétrica. Já é esperado o terceiro mês seguido de deflação.


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