INDUSTRIAIS CRITICAM ALTA DA SELIC
Não é de hoje que os capitalistas, principalmente os
industriais, criticam as elevadas taxas de juros. Não somente a SELIC, mas
sobre a repercussão que ela tem na elevação das outras taxas de crédito
bancário.
Por muitos anos, o industrial Benjamin Steinbuck, um dos
donos da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), empresa que nasceu estatal,
gigante, que foi privatizada, ele também oriundo de grande grupo têxtil, de
família judia, em coluna semanal na Folha de São Paulo, combatia as elevada
taxas de juros praticadas no Brasil. Tinha e tem razão. Os juros elevados
atraem os rentistas, que preferem aplicar dinheiro no mercado financeiro, em
detrimento do mercado produtivo e da bolsa de valores.
A elevação da SELIC pelo Banco Central, anteontem, pela 12ª
vez, para 13,75% ao ano, encarece os custos de produção, tais como despesas
financeiras agregadas, vez que as empresas precisam tomar dinheiro emprestado,
principalmente para capital de giro. Ademais, o Banco Central já adiantou que
elevará ainda mais uma vez a taxa SELIC neste ano e o mercado financeiro
acredita que ela ficará em 14,00% até o final do ano e que começará a baixar a
partir de 2023.
Por seu turno, a Confederação Nacional da Indústria (CNI)
classificou o aumento da taxa básica de juros como equivocado, visto que a
elevação foi exagerada, pelo fato de que os juros estão 7,80% acima da inflação
esperada para os próximos 12 meses.
Em seu pronunciamento, aquela instituição expôs: “A CNI
entende que o novo aumento da taxa de juros é dispensável para o combate da
inflação e trará custos adicionais desnecessários para a atividade econômica,
com reflexos negativos sobre consumo, produção e emprego”, segundo Robson
Andrade, presidente da entidade.
Além do mais, o presidente Andrade se referiu ao fato de que
recentemente a redução do ICMS sobre combustíveis, energia elétrica,
telecomunicações e transporte coletivo estão levando a inflação a recuar. Para
ele, o mês de agosto tem a expectativa de deflação. No conjunto de reduções de
custos, a inflação irá cair para menos de dois dígitos nos próximos meses.
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