DEFLAÇÃO INÉDITA

 

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou a deflação do mês de julho como um dado inédito na série histórica, que se iniciou há 42 anos. Muitos economistas ainda estão prevendo deflação para agosto, mas de forma menos intensa. Isto ocorreu devido ao fato do governo ter mandado ao Congresso decretos da União, que foram votados e aprovados, reduzindo o ICMS sobre combustíveis e sobre energia elétrica. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), indicador oficial da inflação, de julho foi de 0,68%. Repete-se aqui que foi a deflação mais intensa desde janeiro de1980. O recuo inflacionário foi puxado pelo preço da gasolina, que caiu 15,48%; o etanol, que recuou 11,38%; gás veicular retraiu 5,67%. A energia elétrica recuou 5,78%. O único combustível com alta em julho foi o óleo diesel, de 4,59%. Assim, o óleo diesel que tradicionalmente era de preço mais baixo do que a gasolina passou a ser de preço mais alto. Acumulado de 12 meses, a inflação bateu em 10,07%. Provavelmente, em agosto poderá deixar de estar em dois dígitos.

O IBOVESPA continuou subindo pela sexta vez, em vista da divulgação do IPCA. Ontem também foi divulgada a ata do Comitê de Política Monetária, quando as cerca de 100 instituições financeiras, consultadas pelo Banco Central (BC), na mediana, não acreditam em maior elevação da taxa básica de juros, muito embora o BC deixasse implícito que poderia fazer uma elevação de 0,25%. Seria a 13ª alta seguida da taxa SELIC, visto que o BC ainda está receoso da política fiscal, incentivando o consumo das famílias, com o primeiro pagamento ontem do Programa Auxílio Brasil e dos subsequentes auxílios as taxistas e caminhoneiros..

 

 

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