ALTA DA SELIC PELA 12ª VEZ
Na economia mundial, assim como no Brasil, a taxa básica de juros é usada para combater a inflação, visto que o dinheiro vai onde é maior a remuneração financeira.
O Banco Central (BC), ontem, em reunião do Comitê de Política
Monetária, elevou pela 12ª vez consecutiva a taxa básica de juros, saindo de 2,00%,
em março de 2021, para paulatinamente chegar ao patamar de 13,75% ao ano. A
elevação desta vez foi de 0,50% e anunciou que poderá ainda ter uma elevação
pequena da taxa SELIC neste ano, talvez mais 0,25%, conforme análises de
mercado de muitas instituições financeiras, consultadas semanalmente pelo BC,
cujas medianas das previsões são publicadas pelo boletim Focus. É o maior nível
da SELIC desde dezembro de 2016, que também esteve em 13,75% ao ano.
A elevação dos juros básicos representa um aperto monetário
no Brasil, acompanhando os movimentos de altas das taxas de juros nos Estados
Unidos e na Europa, como formas de controlar, para reduzir a inflação. Que, nos
Estados Unidos é a maior em quarenta anos e, na Europa, a maior em 35 anos.
O ciclo de alta começou de março a junho do ano passado,
mediante altas seguidas de 0,75%, em cima dos 2,00% iniciais. De julho a
novembro, o BC elevou a taxa SELIC em 1%, seguidamente. Em dezembro começou a
elevá-la em 1,5%, até maio deste ano. Em junho, iniciou-se o ciclo de baixa,
com uma elevação de 0,5%. Repetiu-se agora em agosto o mesmo 0,50% e se espera
mais 0,25% em setembro, quando cravariam os 14,00% anuais. Assim, a sinalização
de agora, da maioria das instituições financeiras citadas, é de que permaneça
até o final do ano em 14,00% ao ano. Para 2023, eles apostam na continuidade do
ciclo de queda da SELIC.
O BC, em comunicado de ontem, informou que é preciso mais uma
alta residual da taxa SELIC, visto que foram tomadas recentemente medidas de
estímulos ao consumo das famílias, o que poderá manter ainda alto o processo
inflacionário.
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