PRÉVIA DA INFLAÇÃO OFICIAL
O IBGE calcula a prévia da inflação oficial, definida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA-15), de 15 dias finais de um mês a 15 dias iniciais do outro mês, registrando alta de 0,48% até 15 de fevereiro, sendo o resultado o mais alto para o mês, desde 2017, depois de ter avançado 0,78% até 15 de janeiro. Perante os resultados acima, a inflação de 12 meses é de 4,57%. Uma prévia muito acima do centro da meta para este ano, definida pelo CMN, de 3,75%, somente abaixo do centro da meta mais o viés de 5,25%. A esse respeito, o sistema financeiro já sugere que na próxima reunião do Comitê de Política Econômica do Banco Central (COPOM do BC), em março, haja uma elevação da taxa básica de juros, com o fito de conter a alta da inflação. Medida ortodoxa e que é tomada por BC independente. A propósito, o presidente da República sancionou ontem a lei que estabelece a independência do BC. Agora seus diretores terão mandato de quatro anos, podendo ser reeleitos, não coincidentes com o mandato presidencial.
A elevação rápida dos preços dos combustíveis, já na quarta elevação deste ano, tem pressionado os orçamentos familiares. O grupo de transportes no índice passou de um aumento de 0,11% em janeiro para 1,11%, neste mês, pelo IPCA-15. Neste fevereiro os combustíveis subiram mais de 3,50%. O último aumento, ainda não captado pelo indicador em referência, já acumulou mais de 30%, para a gasolina, em menos de dois meses. A propósito, o presidente da República está propondo a equipe econômica um estudo da redução ou eliminação das contribuições do PIS/COFINS, bem como exigindo dos postos de combustíveis que mostrem a composição dos custos citados.
Em discussão pela PEC da Emergência no Congresso está o retorno do auxílio emergencial, a ser aprovado provavelmente ainda neste mês, sendo um valor prévio discutido de R$250,00, por quatro meses. Referido auxílio deve ter repercussão da demanda do consumo das famílias e haveria pressões inflacionárias.
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