EQUIPE ECONÔMICA ACENA ORÇAMENTO DE GUERRA
Depois de 16 de março de 2020, quando a Organização Mundial da Saúde decretou a pandemia de um novo coronavírus, a equipe econômica fez o presidente da República assinar um decreto de “Orçamento de Guerra”, propondo gastar acima do déficit primário aprovado, visando uma defesa dos agentes econômicos, principalmente as pequenas empresas e os trabalhadores informais, aqueles que iriam sofrer mais e tinham menos proteção. Resultado: a União teve o maior déficit primário da história, de R$743,1 bilhões, o que turbinou a dívida pública, da casa de 70% para a casa de 90%, visto que o governo federal foi autorizado a rolar o pagamento do principal e dos serviços da dívida pública. O crédito farto para as empresas, a redução da jornada de trabalho, com manutenção de salários e transferência do ônus para a União do pagamento das horas reduzidas, e o auxílio emergencial por nove meses, cujo resultado ocasionou até o aumento da renda média dos brasileiros. Entretanto, no final de dezembro, as benesses se extinguiram.
Janeiro se passou. Fevereiro começou com novos presidentes da Câmara e do Senado. Estes se referiram em campanha favoráveis ao retorno do auxílio emergencial, devido, a partir de janeiro, ter aumentado em muito a pobreza extrema no País. A equipe econômica diz-se favorável, mas somente para atender parte dos trabalhadores informais, aqueles que não têm recebido o benefício do programa bolsa família e recebendo menos do que estes, por três meses somente. O governo federal se refere a três parcelas de R$200,00. O benefício do programa bolsa família médio por cidadão é de cerca de R$240,00. Além do mais, o ministro da economia se referiu a que seriam beneficiados por volta de 32 milhões de pessoas e não os 68 milhões que receberam o auxílio emergencial. Em troca disso, sugere aprovar novo orçamento de guerra, para que o governo federal gaste acima do déficit primário, para este ano previsto. O mercado reagiu negativamente, através da retração da bolsa de valores, da elevação dos juros e da inflação, percebendo que a equipe econômica quer mesmo é estourar a lei do teto de gastos pelo orçamento emergencial em tela.
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