POLÍTICA DE JUROS PODERÁ SER ALTERADA



Em meio às discussões, de um velho projeto que está no Congresso, o de autonomia do Banco Central (BC), que possivelmente será aprovado pelos parlamentares, visto que era um dos itens da campanha dos dois novos presidentes das duas Casas, o sistema financeiro já cogita em alterar para cima a taxa básica de juros, a SELIC, devido ao recrudescimento inflacionário, quando o BC poderá intervir.  Na verdade, o BC já age hoje com relativa autonomia, embora existe a ameaça do presidente da República em poder interferir na SELIC, à semelhança do que fez a presidente Dilma Rousseff, em 2013, visando ganhar a reeleição. Com a aprovação do BC seus diretores terão mandatos prefixados e sem poderem ser demitidos pelo presidente da República, até o fim do exercício, tal como ocorre com os ministros do Supremo Tribunal Federal. É o que se espera para ser aprovado. Com isso, eles terão maior autonomia em decidir sobre a SELIC, por exemplo. Na verdade, é seguir o que já ocorre nos países desenvolvidos.

Dessa forma, o primeiro banco ao referir-se à antecipação da alta da SELIC, já em março, antecipando duas reuniões, a de maio, quando poderia ser alterada a SELIC, é o banco suíço Barclays. Ele acredita que o BC irá elevar a SELIC entre 0,25% a 0,50% anuais. Isto porque elevou a sua previsão da taxa inflacionária de 2021, de 3,6% para 3,9%, ultrapassando o centro da meta para este ano, que é de 3,75%.

Os motivos são as percepções de que existem pressões de alta de preços e a expectativa de que será reintroduzido parcialmente o auxílio emergencial, para continuar enfrentando a pandemia, mas que se repetirá também parcialmente, pressões no consumo das famílias. O Barclays projeta o pico da inflação de 6,5% anuais em maio, o que escapada do centro da meta (3,75%), mais o viés de alta (1,50%), ultrapassando em muito o pico estimado de 5,25% ao ano.

 

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