28/02/2020 - CONTÁGIO NAS CADEIAS PRODUTIVAS
A organização mundial em cadeias produtivas, também chamada
de globalização, demonstra que o que se iniciou na China, está contagiando as
cadeias de produção pelo mundo. A redução na produção lá está levando à redução
produtiva em muitos países e isso irá afetar o PIB mundial. No caso brasileiro
há um efeito adicional, pela forma em que as reformas econômicas estruturais estavam
sendo projetadas, na medida em que as dificuldades são muitas no consenso que
quer fazer o Executivo com o Judiciário. A recuperação vem sendo lenta e, neste
ano, esperava-se que o incremento do PIB fosse bem maior do que o de três anos,
após a forte recessão de 2014-2016, porém os investimentos não estão sendo atraídos
para a citada retomada e já há quem diga que o País continuará em vôo de
galinha. Isto é, não retirando ainda ao PIB de 2013, último ano de razoável
crescimento. Não é mais cedo admitir que o segundo trimestre tenha forte
influência do primeiro. Resta saber se o governo federal irá realizar as
reformas até o terceiro trimestre, criar os marcos regulatórios, como o dito
par a infraestrutura, realizar leilões de parcerias e as privatizações.
O que tem se visto nesta última semana de fevereiro, após o
carnaval, tem sido que o surto de expansão do coronavírus, há algumas semanas
consecutivas, levou a esta a amargar as bolsas de valores mundiais o maior
baque, somente comparável ao de 1929 e o de 2008. Até agora, em quatro dias
úteis, as bolsas internacionais já recuaram mais de 10%. A bolsa brasileira,
com dois dias amenos de pregão, pelo efeito do carnaval, já apresenta perdas se
aproximando de 10%, aos 102.983 pontos.
O Secretário do Tesouro Nacional, Mansueto Almeida, tido como
um dos melhores especialistas da equipe econômica veio a público ontem
referir-se que os preços das commodities estão em baixa, pelos efeitos do surto
do coronavírus e sua repercussão mundial, o que, de certo afetará o crescimento
brasileiro deste ano. Por enquanto a equipe econômica acredita que o País
crescerá 2,4% no exercício.
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