18/02/2020 - PREVISÕES SEMANAIS EM SÉRIE




O Banco Central faz semanalmente pesquisa com 100 instituições financeiras acerca dos principais indicadores da economia. Na verdade, as medianas das instituições têm muito diferentes posições entre eles. Assim, o BC elegeu os 5 mais acertadores das previsões divulgadas nas segundas feiras. O chamado Top 5. Mesmo assim, há discrepâncias. Por exemplo, a inflação de 2019 era calculada na faixa de 3,5%. Porém, o aumento dos preços das carnes, principalmente, pela forte demanda chinesa, em vista da perda da maior parte do seu rebanho suíno no ano passado, alcançou 4,31%, principalmente pelos efeitos das taxas de novembro e dezembro. Ora, quem tem aplicações financeiras nos dois meses finais do ano podem ter tido prejuízos, visto que A SELIC encerrou o ano em 4,5%. Cadernetas de poupança perderam feio. Aplicações em LCI e LCA com 90% ou menos de rendimentos baseados no CDI também perderam. Com a SELIC começando o ano baixando para 4,25%, continuaram perdendo. Assim, as projeções da inflação podem também ser ruins para aqueles que aplicam em renda fixa e não somente para consumidores, produtores e comerciantes.

Nesta semana, as estimativas do BC, quanto à inflação são de que a previsão para 2020 caia de 3,25% para 3,22%. Já para 2021 a expectativa é de que a inflação fque em 3,75%. Trata-se da sétima queda consecutiva da previsão inflacionária pelo boletim Focus. Assim, a estimativa da mediana calculada pelo BC está abaixo da meta de 4%, fixada pelo Conselho Monetário Nacional.

Por seu turno o mercado financeiro cortou a sua projeção de expansão do PIB de 2,30% para 2,23%. Para 2021 ele acredita em 2,50% de incremento do PIB.

O quadro é muito incerto devido à greve dos petroleiros, que já é a maior desde 1995, além de boatos de que os caminhoneiros poderiam aderir ao movimento. Porém, o preço do barril de petróleo tem baixado e a Petrobras acompanha isto sem acompanhar o pari passu.

Enfim, o quadro das reformas estruturais é o que pode melhorar as expectativas. Por sua vez o presidente Jair Bolsonaro disse que pretende enviar a reforma administrativa na próxima semana e, em seguida, a reforma tributária. No caso desses envios e da perspectiva de aprová-las, é quase tudo que o mercado requer.

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