08/02/2020 - SERVIDOR PÚBLICO É PARASITA
O título acima foi batizado pelos jornais, como o que disse o
Ministro da Economia, Paulo Guedes, ontem, quando ficaram claros os números por
ele apresentados. Os servidores públicos federais vem há cerca de vinte anos
tendo reajustes salariais automáticos. Em suas palavras: “O funcionalismo teve
aumento de 50% acima da inflação, além da estabilidade na carreira e
aposentadoria generosa. O hospedeiro está morrendo. O cara virou parasita”. Depois
de críticas, ele disse que a frase foi tirada fora do contexto. Se existe meia
verdade. Essa foi. O funcionalismo público federal ganha bem e tem as regalias
que a população conhece. Não sem motivo, uma série de desempregados vive estudando
para concurso público, os chamados concurseiros, para todos os níveis de emprego
nos governos, principalmente para o federal. Além do salário, existe a
estabilidade. Ninguém coloca para fora, a não ser a bem do serviço público, que
é por dolo ou malversação de verbas. Em muitos lugares do serviço público os
funcionários vão ao trabalho o dia que quiser e quando quiser, sem repressão. O
exemplo pior está no Congresso Nacional. Os deputados e senadores, na sua grande
maioria, moram em 26 Estados, indo e vindo, na segunda e na sexta, “trabalhando”
de terça a quinta, tendo 60 dias de férias, fora outros recessos. Os casos dos
desembargadores e juízes são de outros destemperos, vistos em outras oportunidades
aqui.
Volta-se aquilo referido acima à meia verdade, visto que o
que acontece com a União, ocorre bem menos nos Estados e municípios. Por
exemplo, neles, há Estado e município, como na cidade de Salvador e no Estado
da Bahia, nos quais há por volta de cinco anos sem reajustes salariais os servidores
públicos.
Muito poderia ser escrito aqui. Porém, está em curso a
feitura do projeto de reforma administrativa, àquela que se espera vá reduzir,
ao longo do tempo, a participação tão elevada de vencimentos e aposentadorias,
nos orçamentos dos diferentes tipos de governos, tornando-os viáveis
economicamente. Mas, existe o direito garantido e este não pode ser ferido.
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