11/02/2020 - NORMAL E ANORMAL DA SELIC




A taxa básica de juros do Brasil, a SELIC, é a referência para os custos dos contratos na sociedade, sendo, em tese, o limite médio mínimo, de juros que deveriam ser ofertados pelo governo. Criada a SELIC, em 1979, tratou-se de ser um fenômeno que indicava, também em tese, se a economia está fria, morna ou quente. Desde o final de  2016, quando esteve em 14,25%, a SELIC baixou 10%, em seu menor nível da história. A essa taxa, muitas aplicações financeiras deixaram de ter ganhos reais e, há até perdas, inclusive, afastando o capital estrangeiro que estava aqui ganhando pelos diferenciais de taxa doméstica e taxa média mundial. A essa taxa de 4,25% era para a economia estar bombando e, no entanto, a economia está morna. É muito provável que a economia cresça bem. Porém, as condições não são dadas só pela SELIC, faltando às reformas econômicas estruturais e o presidente da Câmara promete aprovar, pelo menos, a reforma tributária até maio deste ano.

Em março de 1999, em plena escassez de reservas internacionais, o que comprometia os pagamentos externos do País, no intuito de atrair capitais estrangeiros, a SELIC chegou a incríveis 45% anuais. Claro, aqui está a anormalidade da referida taxa. Explicada somente por esse motivo e que fez a felicidade dos rentistas na época.

De uma maneira em geral, desde o fim de 2016, acredita-se que a taxa SELIC estaria dentro da normalidade de uma política monetária de equilíbrio econômico. O próprio Banco Central anunciou que citada taxa ficaria em 4,25% até o final do ano. Entretanto, a tempestade que atingiu o Estado de São Paulo, já há dois dias, levou São Paulo ao estado de caos. Não se sabe até quando os efeitos das fortes chuvas continuarão. É a maior tempestade desde 1983 e a segunda maior em 77 anos. Seus efeitos ainda estão ocorrendo. Faltando alimentos e outros itens de abastecimentos os preços dos produtos irão cair, podendo haver recrudescimento da inflação. Em consequência de acertos na política monetária a SELIC poderá voltar a subir.

Em resumo, o Estado de São Paulo e seus efeitos na região Sudeste atingem mais de um terço da economia nacional. As chuvas chegam também fortes agora no Rio de Janeiro. As repercussões do colapso dos estragos causados pelos temporais, que atingiu principalmente a grande cidade São Paulo, continuam e os cálculos dos prejuízos são de valores enormes e até agora não determinados.

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