09/02/2020 - FIM DO BÔNUS DEMOGRÁFICO




Estudo do Instituto Brasileiro de Economia (IBRE) da Fundação Getúlio Vargas identifica a existência do bônus demográfico brasileiro dos anos de 1980 até a última década (2010-2019). Este teria se findado para o IBRE, de bônus passará a ônus na atual década. O bônus demográfico é quando a população em idade ativa, de 15 a 64 anos cresce mais do que a população total. Ou seja, a taxa de natalidade sendo maior do que a de mortalidade. Para o IBRE isso acabou em 2019, após seu estudo citado.

Assim, de 1981 a 2019, a renda per capita se elevou de 0,9% ao ano, enquanto a taxa de crescimento demográfico fora de 0,4%. O 0,5% fora o bônus demográfico. Porém, desde 2018, assinalaram pesquisadores do IBRE, passou-se a ter o ônus demográfico.

Na verdade, por razões puramente demográficas haverá proporcionalmente menos gente com idade para trabalhar, em relação à população global. Isto é, será reduzida a população economicamente ativa. Ou seja, da faixa de 15 a 64 anos.

O bônus em referência fez com que muitos países chegassem ao grau de desenvolvimento mai elevado. Na fixa chamada pela ONU de renda per capita acima de US$16 mil. Dessa maneira, a única forma que o País terá de elevar a renda per capta será pela elevação da produtividade do trabalhador. Esta, por sua vez, dependerá das reformas estruturais que se farão, ais como as do mercado de crédito, administrativa e tributária.

A agenda que melhor poderá contribuir para o crescimento econômico estará na educação, isto é, formação de capital humano e redução da informalidade no mercado de trabalho. Nos últimos anos se viu o contrário no mercado de trabalho e a educação tem melhorado muito pouco, em termos gerais.

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