02/02/2020 - EMERGÊNCIA GLOBAL POR CAUSA DA DOENÇA




A Organização Mundial da Saúde decretou estado de emergência global por causa da doença surgida na China, provocadora de morte súbita, por coronavírus, uma nova espécie de contaminação, pulmonar, sem antídoto conhecido até agora. Os vídeos que tem circulado demonstram quanto é grave a situação na cidade de Wahun, na China, de cerca de 11 milhões de habitantes, epicentro do fenômeno. Dessa forma, para conter a disseminação da doença, que já se espalha pelo mundo, uma série de restrições econômicas está ocorrendo, dificultando o turismo, fechando fábricas de formas parciais, locomoções de pessoas, queda de produção e de produtividade, principalmente na segunda maior economia do mundo, a China, fatores que se expandiram pelo mundo, afetando também as bolsas de valores e trazendo incertezas demasiadas.

No fim do mês de janeiro, em um dia marcado por forte volatilidade no mercado financeiro, o dólar voltou a subir e fechou no maior valor nominal desde a criação da moeda real. O dólar comercial encerrou vendido a R$4,286. Foi a terceira sessão seguida de alta da moeda americana, que encerrou janeiro com valorização de 6,8%, em relação ao real. Essa foi a maior alta para o mês de janeiro em dez anos. O dólar sobe há cinco semanas. Em tese, esse é motivo para contração econômica. Notícia ruim, quando o bom seria que o dólar caísse e a economia deslanchasse. Por sua vez, o euro comercial também subiu e fechou o dia em R$4,753, alta de 1,5%. A defesa brasileira tem sido de vender dólares da reserva nacional. Porém, nem vendendo R$3 bilhões, com o compromisso de comprar o dinheiro em julho (o chamado swap reverso), segurou a cotação do dólar. Nas casas de câmbio paulistas a cotação do dólar turismo alcançou R$4,472 para a venda.

A turbulência se repetiu no mercado de ações. A B3, atual nome da bolsa de valores de São Paulo, fechou o dia em queda de 1,53%, aos 113.760 pontos, tendo o indicador operado em baixa durante todo o pregão. A sessão foi marcada pelo medo de que o novo vírus chinês continue trazendo impactos de retração econômica, em uma economia mundial que cresce na média de 3% anuais.

A China propagandeia o fato de que o vírus em referência terá menor impacto do que o vírus anterior, o da epidemia da síndrome respiratória aguda grave (SARS, denominação em inglês), ocorrida em 2003. Isso não acalmou o mercado em geral.

No caso do dólar, ele continua saindo do Brasil porque o capital internacional não está obtendo ganhos pelo diferencial de taxas de juros. Ademais, corre o boato de que, na próxima reunião do Banco Central, na semana entrante, a SELIC vá para R$4,25. Nos demais países emergentes o ganho financeiro está de forma real.

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