14/02/2018 - PRÉVIAS DO PIB PELO IBGE




O processo de cálculos do PIB pelo IBGE é longo e demorado, tendo em vista minimizar erros. Por mais que se queira há um conjunto de atividades em áreas de difícil acesso, de registros efetuados, de subestimações, que não são alcançadas, por maior que seja a máquina estatística, em quase a totalidade do território nacional. Ademais, o IBGE só divulga o PIB trimestral e seu conjunto de quatro trimestres, o anual. Tradicionalmente, divulga o PIB do calendário gregoriano no final de março. Antes, apresenta algumas prévias. Como a economia está dividida em três setores, agropecuário, industrial, comércio e serviços. Naqueles mais organizados já se conhecem prévias. Primeiro, o IBGE divulgou a estimativa do PIB da indústria, prévia estimada por volta de 2,5%, exposto aqui no dia 4 deste mês. Segundo, o IBGE divulgou no dia 9 deste mês, a prévia do PIB do comércio em 2017 de 2%. Resta agropecuária, mais os serviços, sendo este subsetor agregado ao comércio. As prévias indicam fim da recessão e retomada do crescimento, ainda que pequeno e difícil ainda de dizer se é sustentável.

As vendas do comércio varejista no Brasil voltaram a apresentar resultado positivo em 2017 de 2%, após dois anos de fortes quedas, de – 4,3%, em 2015, de – 6,2% em 2016, quando em ambos os anos o PIB global caiu por volta de 3,5% em cada ano. O segmento comercial vinha no embalo, desde 2007. De lá para cá, registrou incremento de 9,7%; 9,1%; 5,9%; 10,9%; 6,7%; 8,4%; 4,3%; 2%; - 4,3%; - 6,2%; 2%; de 2007 a 2017, respectivamente. Pelos números apresentados o comércio varejista veio em crescimento exuberante. Porém, caiu no atoleiro da mais forte recessão da registrada pelo IBGE. Entretanto, recuperou-se em 2017.

Cumpre observar que, das 27 unidades federativas, 18 obtiveram recuperação. Contudo, 9 Estados ainda sofreram com retrações. É assim mesmo. O crescimento regional é desigual. Os Estados que mais crescem são geralmente aqueles que mais caem em recessão e vice-versa. São comuns e controversos diálogos sobre estatísticas, tais como pessoas revelando que sentiram melhoras outras que não. Afinal, aí são opiniões pessoais e de acordo com os seus níveis de renda. As estatísticas são termômetros médios e gerais. Discutir opiniões ou estudos de caso tem que ser particularizados ou individualizados.

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