09/02/2018 - SELIC A MENOR E A MAIOR DA HISTÓRIA




O Banco Central coroou a menor taxa básica de juros da economia, a chamada SELIC, a 6,75% anuais, anteontem. Foram onze cortes sucessivos. A essa taxa os juros reais foram para 2,89%. Assim, tem-se forte endereço para a expansão do sistema produtivo. A maior taxa SELIC ocorreu em 04-03-1999, quando ocorreu forte ataque especulativo à moeda nacional e se esgotaram as reservas externas. A situação de hoje é bem diferente daquela de 1999, início do segundo mandato de FHC, real muito valorizado, inflação em alta. Nas atuais circunstâncias, a inflação está baixa, em menores níveis depois do Plano Real, tal como aconteceu em janeiro, em 0,29, contra 0,44% em dezembro. Em 12 meses, a inflação ainda está menor do que 3%.

Em informativo, o BC declarou que a taxa ficará em 6,75% até o final do ano. Caso seja aprovada a reforma da Previdência, ela poderá recuar mais 0,25%. Com o aquecimento da economia, provavelmente, em 2019, a SELIC voltará ao ciclo de alta, de forma lenta. O sistema financeiro de uma forma em geral já projeta uma SELIC em 8%, no final de 2019. O Banco Santander aposta em 8,5%. Isto porque se acredita que em 2018 o crescimento será por volta de 3% e em 2019 será um pouco maior.

O cenário internacional tem sido favorável ao Brasil. Contudo, o Federal Reserve tem afirmado que fará três altas de juros neste ano e três no ano seguinte, visto que a economia americana está muito aquecida e a inflação é o seu corolário. A redução de impostos feita pelo governo Trump em dezembro estimulará os investimentos nos Estados Unidos.

A situação política no Brasil está ainda indefinida e os empresários continuam cautelosos. Gostariam sim, de que houvesse também aqui redução de tributos. Mas, o déficit fiscal não a tem recomendado.

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