12/02/2018 - AGENDA DE ÚLTIMO ANO
Nos próximos dias será votada a reforma da Previdência, pelo
Congresso. No caso de êxito, o governo deverá reduzir um pouco a taxa básica de
juros, melhorarem as finanças públicas e lograr melhor taxa de crescimento,
sendo um pouco acima dos 3%. No caso de fracasso, o governo federal já acionou
um conjunto de medidas microeconômicas para serem adotadas nos próximos meses. Citadas
estão a entrega de garantias de empréstimos bancários, sendo facilitados, a
juros mais baixos e prazos mais longos. A esse respeito, o próximo presidente
do Bradesco, Octávio de Lazari Júnior, com posse em março, já antecipou que
será fundamental que o Bradesco aumente os financiamentos, saindo de 10% para
50% da população, em salto que estimulará o consumo e o crescimento econômico.
Outra medida seria nova lei de recuperação judicial e de falências e o
aperfeiçoamento do cadastro positivo de devedores, aprovado desde 2011. Lazari
acredita que o sistema bancário terá de conviver com juros baixos, aumentando a
escala dos empréstimos, considerando que o sistema continuará rentável. Lazari
já considera a crise dos últimos cinco anos pior do que a recessão de 2008. Os
níveis de produção e de financiamentos foram bastante afetados e deverão ser
recuperados. No seu grupo estão sendo postas novas fintechs (empresas financeiras
digitais) e venture capital. O sistema financeiro tem bastante caixa e, dadas
as baixas taxas de juros, na medida em que o BNDES recuou da infraestrutura, ele
vê espaço do segmento privado crescer também nessa área. As parcerias público-privadas
estão aí para serem postas.
Enfim, são necessárias mais reformas microeconômicas,
principalmente daquelas que venham reduzir o desperdício burocrático.
Entretanto, para o crescimento sustentável será preciso conhecer o próximo
governo e até o momento não existem candidatos postos, viáveis, para o trabalho
que se impõe. A propaganda política daqui a pouco começará.
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