27/02/2014 - EVOLUÇÃO DOS JUROS
Na economia capitalista, dita
democrática também é dito que os preços, juros, salários, aluguéis, dólar, são
livres. Porém, quando eles ficam erráticos, o governo entra atuando, regulando,
principalmente no que se refere aos seus itens, para que o mercado os siga.
Dessa maneira, no que se refere aos preços, o governo tem os preços
administrados dos serviços públicos, tais como energia, telefone, petróleo,
dentre outros. No que tange aos juros, a União realiza seu controle sobre a
taxa básica de juros (a SELIC), referencial do seu pagamento de encargos quanto
à dívida pública. No referente aos salários, o governo fica o salário mínimo em
todo início de ano, consoante lei específica. Já os aluguéis todos podem ser
negociáveis. No que se refere ao dólar, o banco Central ingressa comprando ou
vendendo, para não destoar tanto as expectativas racionais.
Quando assumiu a presidência do
Banco Central (BC), no início de 2011, Alexandre Tombini, a taxa básica de
juros era de 10,75% (a chamada SELIC). Numa atitude declarada a presidente da
República, Dilma Rousseff, aduziu da necessidade dos juros se reduzirem
rapidamente, visando à elevação da produção. Ficou patente para à coletividade
que ela estava “sugerindo” a condução dos mercados, o que desagradou
empresários, os quais acreditavam na independência do Banco Central, fato que
vinha se declarando desde o Plano Real, em 1994, à semelhança da aludida
independência dos BCs pelo mundo desenvolvido. Na verdade, referida
independência promove estabilidades nos fundamentos econômicos pelo globo. A
inflação não baixou e até se elevou um pouco, ficando persistentemente
pertíssimo de 6%. Dessa forma, o BC evoluiu os juros, em oitavo aumento
seguido, trazendo a SELIC para o mesmo lugar de quando o governo começou. A
rapidez, na correção dos erros da interferência velada na SELIC, desestabilizou
as expectativas e o País se ressente de investidores que acreditem na
estabilidade geral das instituições. A atual gestão da economia obteve em 2011,
elevação do PIB de 2,7%; em 2012, de 1%; em 2013, de 2,3%. A média do seu
período é de exatamente 2%. No entanto, a expectativa dos mercados de
incremento do PIB em 2014 é de 1,5%, muito embora o governo se refira a 2,5%. A
média do crescimento do PIB fica, portanto, abaixo de 2%. Os mercados sabem que
o governo federal está blefando, quanto ao PIB, conforme tem muito feito em
todos os seus anúncios desde pelo menos janeiro de 2011.
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