25/02/2014 - RECESSÃO TÉCNICA




O Banco Central divulgou no início de fevereiro o seu índice que antecipa a medição do crescimento econômico, denominado por IBC-Br, relativo ao quarto trimestre de 2013, cuja variação negativa foi de 0,17%. Já no terceiro trimestre o citado indicador havia recuado 0,21%. À luz desses dados, a economia brasileira esteve (está?) em recessão técnica, definida quando uma economia recua seu nível de atividade por dois trimestres consecutivos. Ocorre que o IBC-Br é um indicador parcial. O melhor indicador mesmo é o do IBGE, relativo ao PIB trimestral, o qual somente será divulgado no próximo dia 27 (daqui a dois dias).

O caminho que a gestão econômica está trilhando é o de esfriar ainda mais a economia. O ministro da Fazenda há poucos dias disse que não está descartada a possibilidade de elevação de tributos ainda neste ano, assim como anunciou corte de R$44 bilhões no orçamento deste exercício. Sequer o PAC foi esquecido, mediante corte de R$7 bilhões. Amanhã o Comitê de Política Monetária (COPOM) irá se reunir e as expectativas são de que a taxa de juros da SELIC suba mais 0,5%. Os mais otimistas falam em elevação de 0,25%. Os subsídios para carros serão retirados dos motores populares em junho.

O Índice de Confiança do Consumidor (ICC), medido mensalmente pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), caiu 1,7% de janeiro para fevereiro deste ano. Trata-se da terceira queda consecutiva. O indicador quer chegou a 107,1 pontos, manteve-se abaixo da média histórica pelo 12º mês consecutivo, atingindo o menor nível desde maio de 2009. Ilações da FGV.

Enfim, a trajetória que o governo da presidente Dilma tem seguido é de elevação dos gastos públicos, mantendo sua popularidade através do reforço dos programas sociais. Porém, a economia brasileira tem se transformado em desconfiança dos consumidores, dos empresários e da comunidade internacional, em razão do baixo desempenho econômico. Saber o que fazer, claro, eles sabem. Porém, os propósitos são de manutenção do poder, aguardando que nova fase de bonança venha a atingir o País, puxada pela conjuntura internacional.

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